<font face=’Verdana’ size=’2′>Os atletas são credores do segundo volume em dívidas dos clubes, atrás do governo.<br />E, com ações na Justiça, têm sido responsáveis pela maior parte das penhoras às receitas das agremiações. Bilheteria, cotas de TV e venda de jogadores têm percentuais retidos judicialmente.<br />O Flamengo, um dos clubes com maior passivo, chegou a receber apenas 15% da verba da TV durante alguns meses por conta de penhoras, a maior trabalhistas.<br />O Botafogo, por sua vez, soma R$ 44 milhões em dívidas trabalhistas, segundo advogados de atletas.<br />A Justiça trabalhista tende a ser mais rápida em suas decisões de execuções judiciais. Além disso, os juízes que trabalham na área costumam dar interpretações inovadoras em favor do empregado.<br />O volume de dívidas aumentou por erros administrativos dos clubes. Vários deles assinam contratos de imagem com os jogadores que são, na prática, uma forma de pagar menos impostos. Só que a Justiça tem dado aos atletas direitos trabalhistas sobre esses acordos.<br />Outro erro cometido pelos dirigentes é a dispensa de atletas em rescisão unilateral de contrato. Isso permite aos jogadores que cobrem dos clubes o valor da cláusula penal na Justiça.<br /><br />Por Rodrigo Mattos (Folha de S.Paulo, 06/10/2006)</font>