A decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, que adiou a partida entre Palmeiras e Flamengo marcada para este domingo (27), em São Paulo, é um exemplo a ser seguido não apenas para este duelo, mas para todo o restante do Campeonato Brasileiro 2020.
A suspensão assinada pelo juiz do trabalho Filipe Olmo defende a ciência e é um duro golpe contra gestores irresponsáveis, que colocam o dinheiro à frente do ser humano.
A CBF mais uma vez confirma que está na contramão do mundo, principalmente dos médicos.
Criou um protocolo que nasceu fragilizado, fato que nos levou a defender a criação de um novo documento, enviado em 11 de agosto de 2020, em que solicitamos que a CBF mudasse sua estratégia para que os campeonatos pudessem prosseguir.
Na ocasião, tomamos por base dois exemplos utilizados com sucesso pelo mundo: o primeiro na Alemanha, que isolou e testou os atletas com o tempo hábil para que os resultados pudessem ser aproveitados, ou o segundo, da NBA americana, que “blindou” os jogadores e demais membros das equipes em um único complexo esportivo para que a competição transcorresse com um risco mínimo.
Portanto, em nosso ponto de vista e com base nas condições de nosso país, reforçado pela posição responsável da medicina, entre elas, a do nosso médico representante, Dr. Renato Anghinah, o retorno do futebol brasileiro só seria possível por um desses dois caminhos.
Compreendemos também a ansiedade dos atletas da S.E. Palmeiras para que a partida acontecesse. A representatividade de um sindicato, em muitas ocasiões, é a de proteger o atleta até de si mesmo, seja por coação dos patrões ou da própria valentia do jogador brasileiro de não fugir do combate.
Por fim, reforçamos nossa luta desde 1947 em defesa dos atletas profissionais como o ÚNICO SINDICATO LEGALMENTE AUTORIZADO a representar a categoria em todo o estado de São Paulo.
Diretoria
Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo