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O ano de Paulinho pode ser ainda melhor

Por FIFA.com

Como um jogador pode fazer para melhorar um ano em que foi chamado pela primeira vez para a Seleção e se sagrou campeão nacional pelo Corinthians, vencendo uma das competições mais disputadas entre clubes e caindo nas graças de uma das torcidas mais fervorosas? 

Bem, no caso de Paulinho, uma das figuras emergentes do futebol brasileiro, ele conseguiu fazer isso logo na temporada seguinte, na qual ganhou a Copa Libertadores da América, um título inédito para seu clube, e entrou de vez no rol de selecionáveis de Mano Menezes. Agora falta só coroar isso com o título da Copa do Mundo de Clubes da FIFA Japão 2012.

São feitos e tanto para o volante de 24 anos, que precisou de paciência e saber ponderar suas escolhas – tendo passado pelo Leste europeu e por divisões menores em seu país até que surgisse a grande chance.

“Claro que é muito difícil assimilar isso. Foi uma ascensão muito rápida, também do ponto de vista individual”, afirma o corintiano ao FIFA.com. “Então, tem de aproveitar essa fase boa, claro que sempre contando com a ajuda do grupo, e trabalhando para os companheiros, fazer isso bem para ganhar mais títulos e ficar na Seleção.”

Qual rota seguir
Paulinho se diz uma pessoa muito decidida. Quando opta por algo, vai até o fim. A primeira escolha que ele precisou fazer em sua carreira foi na adolescência, quando dividia seu tempo entre os times de campo e de futsal da Portuguesa. Quando os horários das duas atividades começaram a coincidir, ele precisava seguir uma rota. Que, agora, já sabemos qual foi – e que foi a acertada. 

Os detalhes dessa rota: ainda na base, o volante passou a jogar pelo Audax, antes de, entre os profissionais, topar uma mudança drástica de rota que o levou aos 17 anos para Vilinius, a capital lituana, na qual jogou pela temporada 2006-2007. Foram 38 jogos pelo FC Vilnius. De lá ele voltou um pouco mais para o oeste, cumprindo a campanha 2007-2008 pelo LKS Lodz, da Polônia. “Vivi experiências novas, eu muito jovem em uma cultura diferente e um futebol diferente, de mais contato. Tive de me adaptar. Mas em 2008 preferi retornar ao Brasil, tentar dar sequência aqui."

Foi mais uma decisão crucial. Quando voltou, foi para jogar pelo Audax, ainda distante da elite. “Tive de abrir mão da Europa, de dinheiro e tudo, e recomecei do zero, confiando no meu trabalho. Graças a Deus fui feliz”, diz. Em 2008, disputou e venceu a quarta divisão paulista. Em 2009, deu um salto para o Bragantino, já na Série B nacional e primeira divisão no estado. Foi a chance de enfrentar os grandes e mostrar serviço. Muita gente notou. 

Subindo
As propostas começaram a chegar em 2010, mas ele só disse "sim" quando a sondagem veio do Corinthians. Mesmo que o alvinegro já contasse em seu elenco com muitas opções para o posto de volante, como Elias, Jucilei – dois atletas também em ascensão e mais prestigiados – Marcelo Mattos e Ralf, hoje seu inseparável companheiro no meio-campo. “O que pesou mais foi a grandeza do clube, a torcida que sempre impressiona. Queria jogar pelo Corinthians, independentemente de quem estivesse no time.”

Mais uma opção acertada do jogador. Mal chegou ao clube, Paulinho já foi lançado em um teste de fogo por Mano Menezes, fazendo sua estreia num confronto de mata-mata contra o Flamengo. O Corinthians acabou eliminado, mas para o volante foi dali para cima. 

Em 2011, era titular absoluto, formando uma das duplas mais eficientes do Brasil com Ralf. Seu estilo de jogo agressivo, vertical, que atrai grandes clubes do mercado europeu, é fundamental no plano tático de Tite. Com uma equipe entrosada e muito bem preparada, não demorou para os títulos saírem. “O comprometimento do grupo todo, de sempre estar lutando em todas as competições, com humildade e ambição é o diferencial", avalia. 

De modo que, num time vencedor desses, o ano e a fase de Paulinho dificilmente poderiam ser mais gratificantes, não? De bem com a torcida, com cotação elevada e elogiado pela crítica. Mas sempre tem como melhorar, e muito disso passa certamente por um torneio que ele tem para disputar daqui a poucas semanas. “Foi tudo muito rápido, mas espero que continue assim."

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