“O Palmeiras agradece à Kia pela parceria. Entendemos o momento de dificuldade da empresa e já estamos indo ao mercado para buscar um novo patrocinador master”, afirmou o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre.
“Fizemos um apelo à Kia para que continuasse conosco até o fim do Paulista por conta do contrato com a Adidas, que prevê pagamento de multa em caso de troca de patrocinador sem aviso prévio”, completou o dirigente.
José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil, por sua vez, disse que o clube já havia sido comunicado em outubro do ano passado sobre a possibilidade de interrupção do contrato de patrocínio, diante das dificuldades mercadológicas por que passa a importadora de veículos sul-coreanos, desde setembro de 2011, quando – por meio do Decreto 7.567 – foi elevada a alíquota do IPI em 30 pontos percentuais para carros importados.
“Como havíamos acordado em contrato de três anos, o nosso patrocínio possui uma cláusula de revisão anual. Por esse motivo, cumprimos integralmente o primeiro ano. Honramos o nosso compromisso”, argumenta Gandini, “mas diante da expressiva elevação de tributos, tivemos de reavaliar os nossos investimentos em marketing. Com isso, o patrocínio com o Palmeiras também teve de ser revisto. Assim, neste primeiro momento, do segundo ano, renovamos com o Palmeiras para o Campeonato Paulista. Mas, nada impede que voltemos a ampliar o escopo do patrocínio no futuro futuro, caso os negócios da Kia Motors voltem a se mostrar favoráveis”.
O presidente da Kia Motors fez questão de mencionar ainda que a redução do programa de patrocínio nada tem a ver com o fato de o Palmeiras ter sido rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro. “Como palmeirense que sou, posso assegurar que o rebaixamento do clube não foi a causa da renovação parcial. Nossos investimentos em marketing têm tão somente uma correlação direta com o nível de atividades comerciais, como qualquer outra importadora ou montadora”, concluiu Gandini.