Governo Federal planeja profissionalizar o futebol feminino e ampliar o incentivo dado ao esporte no País. Informação foi dada hoje, (17/09), por Ricardo Gomyde, que representou o Ministério dos Esportes durante seminário “O Futuro dos Clubes Brasileiros”, promovido pela Trevisan Escola de Negócios em São Paulo, com foco em gestão e marketing nos clubes brasileiros de futebol.
Medida poderá contribuir para ampliar a participação do esporte no Produto Interno Bruto (PIB), que atualmente corresponde a 1,6% do total de riquezas do País – índice bem abaixo do registrado pela Nova Zelândia, onde os esportes respondem por 2,8% do PIB.
O setor de esportes no Brasil responde por 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ou seja, dos R$ 4,1 trilhões arrecadas pelo País em 2011, R$ 67 milhões foram gerados pelas atividades esportivas e tudo o mais que gira em torno deste segmento – de direitos de transmissão de jogos aos serviços de alimentação oferecidos nosestádios. A informação integra o estudo “O PIB do Esporte no Brasil”, e foi transmitida pelo sócio da Pluri Consultoria, Fernando Ferreira, em apresentação realizada na abertura do seminário “O Futuro dos Clubes Brasileiros”, que acontece hoje, dia 17, na Nova Arena Palmeiras, em São Paulo.
Para fins de comparação, os Estados Unidos, apenas com um único dia do Super Bowl, a final do campeonato de beisebol, um dos mais importantes esportes para aquele país, arrecada cerca de 11 milhões de dólares. Os esportes equivalem a 2,1% do PIB norte-americano, mas ainda é um índice inferior ao da Nova Zelândia, que atinge 2,8% do total das receitas.
Também participou do evento da Trevisan, o secretário especial do Ministério dos Esportes, Ricardo Gomyde, representando o titular da pasta, Aldo Rebelo. Ele falou sobre “O Papel do estado na reestruturação dos clubes”, destacando a intenção do governo federal em ampliar o escopo das ações de incentivo ao esporte. “O futebol tem uma cadeia produtiva extremamente importante no País, gera renda e empregos, e deve ser apoiado. Recentemente criamos a Secretaria Nacional do Futebol, um órgão que tem a proposta máxima de difundir e propor melhorias. Uma dessas propostas está voltada às equipes femininas. Existe um grande incentivo da presidente Dilma Roussef no sentido de criar um calendário que permita que as equipes femininas joguem durante todo o ano, profissionalizando a categoria”, disse Gomyde.
Ele também destacou uma das pautas do Ministério que é a busca de soluções para o endividamento dos clubes brasileiros. “O futebol deve receber um apoio para que os clubes atuem dentro de uma governança corporativa capaz de equacionar esse sério problema. Hoje, o setor esportivo gera cerca de 371 mil empregos. Com investimentos, com soluções e incentivo, há espaço para superar 2 milhões de postos de trabalho nesse setor”, disse Gomyde.
Durante o evento, a Pluri Consultoria também apresentou dados sobre “As causas da baixa presença de público nos estados” e “O potencial de consumo das torcidas brasileiras”. Fernando Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios, adiantou os preparativos para a Copa de 2014, com dados da pesquisa Termômetro da Copa.
O seminário marca o lançamento do Brasil Sport Market (BrSM), fórum permanente de Gestão e Marketing Esportivo criado em parceria pela Trevisan Escola de Negócios e a PLURI Consultoria. Além de mesas de debates abordando “A nova Geração de Arenas Brasileiras” e “O Futuro do Marketing dos Clubes”, o evento comportou a entrega dos prêmios “Melhor Executivo de Futebol” e “Melhor Executivo de Marketing” de Clubes de Futebol, promovido pelo BrSM.
Além dos palestrantes, integram a mesa de debates os diretores de marketing de Santos, Corinthians, Internacional, Botagofo, Vasco da Gama, Fluminense e Boca Juniors. Participam das discussões ainda o gerente executive da Audax SP e Rio, Thiago Scuro, o presidente do conselho da Brunoro Sport Business, José Carlos Brunoro, e o diretor de marketing da Seara, Antonio Zambelli.