<div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Onaireves Moura pode viver hoje o último dia de seus 22 anos como presidente da Federação Paranaense de Futebol. O pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva julga hoje o recurso dos três processos, que em primeira instância o condenaram a um total de seis anos e dois meses de suspensão. Nos bastidores do tribunal não há perspectiva de mudança radical da situação.</font></span></div><div><font face=’Verdana’><font size=’2′><span style=’FONT-SIZE: 8pt’>Moura foi condenado em duas sessões distintas da 3</span><span style=’FONT-SIZE: 8pt’>ª</span><span style=’FONT-SIZE: 8pt’> Comissão Disciplinar, em 30 de maio e 6 de junho. Ele pegou 60 dias pela publicação de charge considerada ofensiva contra o STJD; três anos pela sonegação da taxa de 1% das rendas que deixou de ser repassada à Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP), num total de R$ 1 milhão, e outros três anos pelo desvio de 2,5% da renda dos jogos de competições nacionais para a empresa Comfiar. Segundo a procuradoria do STJD, a FPF apresentava borderôs adulterados para tentar encobrir a fraude, que somaria R$ 1,5 milhão.</span></font></font></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Nos dois últimos casos, o pleno ainda pode aumentar a pena, que varia de dois a quatro anos de suspensão. O STJD também recorreu da absolvição de Moura no caso do contrato do jogador Paulo Massaro, que não teria sido enviado à CBF em tempo hábil, determinando assim a eliminação do Rio Branco da Copa do Brasil.</font></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>O presidente da FPF pode ganhar gancho de mais dois anos por esse caso. Há possibilidade de o total de condenações ultrapassar os 11 anos de suspensão.</font></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Também serão julgados os recursos de Carlos Roberto de Oliveira, presidente do Conselho Fiscal da FPF, Cirus Itiberê da Cunha, presidente da Comfiar e Marco Aurélio Rodrigues e Laércio Polanski, fiscais efetivos da empresa, todos suspensos por 60 dias a dois anos pela 3ª Comissão.</font></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>O advogado de Moura, Vinícius Gasparini, reclama que vários documentos foram ignorados no primeiro julgamento. A defesa se baseia no fato de os clubes depositarem integralmente em juízo o valor das rendas destinado à FPF (5%). “Por causa de várias penhoras, este dinheiro sequer chega à Federação”, afirma. No caso da FAAP, a tese não muda: o dinheiro não era repassado porque os clubes questionavam judicialmente a cobrança. Segundo o defensor, o presidente licenciado na FPF estará no STJD acompanhando o julgamento.</font></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Apesar dos esforços da defesa, a manutenção de uma larga condenação é dada como certa no STJD. Depois do primeiro julgamento, Moura atacou de forma dura o procurador-geral da corte, Paulo Schmitt, em atitude que irritou os demais auditores.</font></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>A CBF aguarda apenas o veredicto do STJD para viabilizar uma intervenção na Federação. Um gerente temporário seria nomeado para arrumar a casa e possivelmente convocar novas eleições, programadas para abril de 2008.</font></span></div><div><em><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>No comando desde 1985</font></span></em></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Recordista em permanência na FPF, Onaireves Moura assumiu o cargo em 1985, logo após deixar o comando do Atlético. Desde então, só deixou a função para cumprir mandados de prisão – um mês em 2000 e dois meses em 2006.</font></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Depois de perder uma longa batalha de bastidores pela subsede paranaense na Copa do Mundo – o sonho do “Novo Pinheirão” acabou preterido pela Kyocera Arena -, Moura passou a atacar seu maior adversário, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia.</font></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Antes de ser suspenso pela 3ª Comissão Disciplinar, Moura pediu licença por 60 dias na FPF. Ele tem repetido que irá abandonar o cargo, qualquer que seja o resultado do julgamento de hoje.</font></span></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><span style=’FONT-SIZE: 8pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Por </font><a target=’_blank’ href=’mailto:carlossimon@tribunadoparana.com.br’><span style=’COLOR: windowtext; TEXT-DECORATION: none; text-underline: none’><font face=’Verdana’ size=’2′>Carlos Simon</font></span></a><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′> – Notícias OAB </font></span></span><font face=’Verdana’><font size=’2′><span style=’FONT-SIZE: 8pt’>(</span><span style=’FONT-SIZE: 8pt; COLOR: black’>Fonte: Tribuna do Paraná – Esportes, 27/06/2007)</span></font></font><span style=’FONT-SIZE: 8pt; COLOR: black’> </span></div>