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Proibição a jogos superiores a 2,5 mil metros é política

<div><font face=’Verdana’ size=’2′>Algumas pessoas dizem que a altitude funciona como um doping para os pa&iacute;ses locais. Pode at&eacute; ser, mas uma torcida que pressiona os visitantes tamb&eacute;m serve com o doping. Ou um est&aacute;dio que amedronta o time que n&atilde;o &eacute; da casa. Ou at&eacute; um clima estranho para os n&atilde;o locais.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A medida da Fifa &eacute; totalmente pol&iacute;tica no sentido de ajudar o Brasil e Argentina, que n&atilde;o gostam de atuar na altitude e com essas mudan&ccedil;as teriam mais facilidades para enfrentar advers&aacute;rios que j&aacute; s&atilde;o fr&aacute;geis. A tend&ecirc;ncia &eacute; cada vez mais as partidas contra Bol&iacute;via ou Peru se tornarem confrontos para ver de quanto eles v&atilde;o perder, j&aacute; que n&atilde;o t&ecirc;m o direito de atuar no est&aacute;dio que bem entenderem.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Mais do que passar por cima de um desejo de alguns pa&iacute;ses, da livre escolha de seu campo de jogo, as medidas da FIFA ignoram a cultura e a hist&oacute;ria do futebol. Assim como no Brasil, o esporte chegou ao pa&iacute;s pelas m&atilde;os dos ingleses.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em 1896, a uns 4 mil metros acima do n&iacute;vel do mar, os ingleses constru&iacute;ram a estrada de ferro que ligava a Bol&iacute;via ao Chile. O projeto era financiado pelo pa&iacute;s vizinho, numa tentativa de compensa&ccedil;&atilde;o pela derrota militar que o Chile aplicou na Bol&iacute;via duas d&eacute;cadas antes.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Desde ent&atilde;o, o futebol tornou-se um dos esportes mais populares na Bol&iacute;via, sendo praticado principalmente em locais acima dos 2.500 metros estipulados pela FIFA. &Eacute; o caso do est&aacute;dio Hernando Siles, em La Paz, situado a 3.577 metros de altitude e considerado o principal palco do futebol na Bol&iacute;via.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Os principais jogos do pa&iacute;s s&atilde;o disputados em La Paz, e mesmo com o &quot;auxilio&quot; da altitude, a Bol&iacute;via j&aacute; perdeu diversas vezes, inclusive uma Copa Am&eacute;rica, em 1997, quando ela perdeu a decis&atilde;o para o Brasil em seu est&aacute;dio. Mesmo nas alturas, ganhou quem apresentou o melhor futebol.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Geograficamente, &eacute; a Am&eacute;rica Andina quem mais sofrer&aacute; com o veto da Fifa. Quito, Cuzco, Bogot&aacute; e La Paz est&atilde;o com os dias de jogos internacionais contados, a menos que a Fifa reverta a decis&atilde;o. Toluca, no M&eacute;xico, tamb&eacute;m estaria vetada. Pa&iacute;ses como o Nepal ou o Qu&ecirc;nia, por exemplo, n&atilde;o t&ecirc;m seus principais est&aacute;dios nas regi&otilde;es mais altas.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A medida da Fifa &eacute; s&oacute; para confrontos internacionais. Assim, os monges do Tibet podem continuar jogando suas peladas entre uma medita&ccedil;&atilde;o e outra. Mas o futebol perde muito com medidas que v&atilde;o contra o princ&iacute;pio maior do esporte: ser universal, popular, n&atilde;o olhar cor, classe social ou localidade geogr&aacute;fica.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Talvez no futuro, se a Fifa insistir com essa linha pol&iacute;tica, podemos ter partidas dentro de bolhas, com um clima controlado artificialmente, num ambiente que procura ser neutro. Mas a&iacute; j&aacute; n&atilde;o ser&aacute; mais futebol, ser&aacute; uma outra coisa qualquer.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Paulo F&aacute;vero*</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Cidade do Futebol</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>(*) Jornalista, ge&oacute;grafo, mestrando em Geografia Humana na FFLCH-USP e participante do GIEF (Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol). Contato: paulofavero2003@yahoo.com.br</font></div>

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