<div><font face=’Verdana’ size=’2′>O crescente endividamento preocupa – e muito – o grupo dos mais importantes clubes brasileiros. Tanto que o Clube dos 13 (que na verdade reúne 20 equipes) pretende tomar medidas conjuntas para evitar a completa falência de seus associados. Uma equipe de trabalho para tratar do assunto deve ser formada e o tema já habita as conversas dos dirigentes há, pelo menos, quatro anos.<br /><br />A saúde financeira dos clubes foi tema dominante da última assembleia geral da entidade, realizada em São Paulo, na sexta-feira, com direito a palestra do presidente do Palmeiras, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo. Autoridade no assunto, o dirigente mostrou dados sobre a realidade econômica de clubes brasileiros e estrangeiros. Fez um alerta: é preciso diminuir os gastos de maneira urgente. "E acho que nossa saída é fazer isso de forma conjunta."<br /><br />Para Belluzzo, não há outra medida senão a autorregulamentação do mercado da bola. "Nós é que temos que definir o que podemos pagar. Não defendo um teto salarial, mas acho que os clubes têm de se unir e serem obrigados a comprometer apenas um percentual de sua receita com salários." Fábio Koff, ex-presidente do Grêmio e líder do C13, concorda. "Não se trata de estabelecer um teto. Mas é preciso haver uma regra de convivência entre os clubes."<br /><br />O problema é conseguir a união dos times – ao menos daqueles que fazem parte do C13 – para evitar a supervalorização de atletas e treinadores diante de um cenário tão competitivo. Dirigentes reclamam da dificuldade na contratação de jogadores e técnicos, que, segundo eles, estão longe da realidade na hora de exigir os valores de seus salários. "Eu estou quase na zona de rebaixamento e não consigo contratar jogadores, porque todos eles pedem muito alto", lamentou Sílvio Guimarães, presidente do Sport. "Tenho sofrido muito. Perdi recentemente três atletas porque não paguei o que eles queriam. Um deles pediu salário de R$ 92 mil. Não aceitei. E ele fechou com outro clube por R$ 40 mil."<br /><br />Belluzzo afirma que essa é a saída. Ainda que recusar a contratação de um jogador importante ou de um treinador estrelado custe severas críticas de companheiros de diretoria, associados do clube e torcedores. "Recebi vários e-mails mal-educados de torcedores dizendo que eu deveria ter fechado a contratação do Muricy. Mas e se aceitasse? Como pagaria? A decisão está nas nossas mãos." <br /><br />De acordo com o presidente, o Palmeiras já iniciou, com a demissão de Vanderlei Luxemburgo, um severo corte de gastos no departamento de futebol – e ainda deve rescindir o contrato de 13 jogadores. O Santos de Marcelo Teixeira também pode iniciar o saneamento de dívidas. E o Flamengo já decidiu: técnico, agora, será registrado de acordo com a CLT. Tudo para não ficar pagando rescisões milionárias ou salários para vários treinadores ao mesmo tempo. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Amanda Romanelli<br />O Estado de S. Paulo, 20/07/2009</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>NdaR – A opinião do Sindicato sobre esta matéria está publicada no site sob o títulO "CRIAÇÃO DO G4: UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL?</font></div>