<div><font face=’Verdana’ size=’2′><input type=’image’ height=’447′ width=’250′ src=’/disco_virtual/mart_gol_pal.jpg’ class=’imgesq’ />Rinaldo José Martorelli, começou sua vida esportiva em 1973 e, com apenas 11 anos de idade, já atuava no time infantil do EC Sete de Setembro, clube amador de São Caetano do Sul (SP), cidade onde nasceu e conquistou seu primeiro título o de campeão do 1º Campeonato Mirim. Suas defesas chamaram a atenção do técnico Mário Venelli que o levou para ser o goleiro da General Motors EC.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No ano seguinte, quando da realização do torneio comemorativo do aniversário do clube sulsancaetanense, dia 11 de novembro, Martorelli foi presenteado com dois convites: um para jogar no Corinthians e outro para jogar no Palmeiras. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Escolheu defender a camisa verde e branca, participou de todas as categorias não profissionais e aos 19 anos chegou a defender o gol palmeirense do time principal por seis jogos, sem dúvida é até hoje o atleta que mais vestiu a camisa do Palmeiras. .</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No período de atleta "amador" foi convocado várias vezes para integrar a Seleção Paulista e uma vez a Seleção Brasileira.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Sua participação na equipe profissional palmeirense lhe rendeu, no ano de 1986, o título de melhor goleiro do Campeonato Paulista, pelo Jornal “A Gazeta Esportiva" – a época o principal jornal esportivo do país –, ficando à frente de outros jogadores consagrados como Carlos Gallo e Valdir Perez (ambos da seleção brasileira) e de Rodolfo Rodriguez (seleção uruguaia). No mesmo ano foi o jogador mais votado pela enquête promovida pelo jornal "O Estado de São Paulo" entre inúmeros jornalistas esportivos do país. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em 1984, Martorelli foi o primeiro goleiro brasileiro a ser cogitado para jogar num clube italiano, a Juventus, e o negócio só não foi concretizado porque os dirigentes palmeirenses não aceitavam abrir mão do jogador.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Maior que está magoa é o arrependimento por ter pedido dispensa de duas convocações para a Seleção Brasileira – uma seleção de novos e a outra para a seleção profissional – pressionado pela diretoria do clube que alegava que a sua ausência desequilibraria o time, nos aspectos emocional e técnico.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Exercia uma liderança natural, dentro e fora do campo, desde as equipes inferiores. Acabou sendo taxado de rebelde pelos dirigentes e, o pior, passaram a tê-lo como um inimigo, isto por nunca se omitir e discutir em pé de igualdade, sem se intimidar, quando os assuntos eram de interesse à profissão do atleta. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Sem ambiente, foi emprestado pelo Palmeiras ao Clube Náutico Capibaribe de Pernambuco, em 1988. No ano seguinte retornou, mas no comando estava um desafeto antigo, um ex-goleiro que ele havia desbancado e que por vingança não permitiu a sua reintegração ao elenco. Escravizado pelo “passe”, pois os dirigentes temiam que fosse contrato pelos rivais – a imprensa noticiava o interesse do Corinthians e do São Paulo –, e com este ato covarde e desumano tiraram-lhe o direito de viver dignamente, de poder manter o sustento de sua família com o que melhor sabia fazer, jogar futebol.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O “passe”, que Martorelli lutou até conseguir vê-lo sucumbido no ano de 1988, era essa situação degradante para o atleta, ter condição física e técnica para trabalhar e ser impedido, ser castigado, ou porque se insurgia questionando a tratamento ditatorial dos clubes ou porque pleiteava uma melhor condição financeira. Para renovar seu contrato era obrigado a se submeter às vontades do “patrão”. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Conseguiu se libertar quando “comprou” seu próprio passe, pondo fim há dezesseis meses sem jogar e treinar de forma digna. Recomeçou com a oportunidade de um contrato de três meses com a Associação Portuguesa de Desportos, na capital paulista. Mas, com tanto tempo de afastamento e o curto período de contrato o impediram sequer de jogar pelo clube.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em 1990, assinou contrato com EC Taubaté, clube que disputava a segunda divisão paulista, a “divisão intermediária”, readquiriu seus bons momentos no futebol chegando a ser eleito na cidade como o melhor goleiro de todos os tempos do clube. O Taubaté está entre os clubes mais antigos do futebol brasileiro foi fundado em 1914. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No começo de 1991 foi contrato pela Associação Desportiva São Caetano, clube que ajudara a fundar, dois anos antes, com a intervenção do então prefeito da cidade Luis Tortorello, em julho deste mesmo ano recebeu convite do EC Pelotas do Rio Grande do Sul e acabou jogando pelo clube até o final do campeonato gaúcho.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No ano de 1992 foi contratado pelo EC Goiás, para disputar o campeonato brasileiro da primeira divisão. Ficou pouquíssimo tempo, mas o suficiente para figurar entre os jogadores mais importantes, isto porque em 6 de abril de 2006, quando o clube completou 63 anos foi homenageado e diplomado como “Sócio Benemérito Atleta”. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ainda em 1992 aceitou a proposta do treinador Mario Felipe Perez, o Táta, para disputar o campeonato paraense, que se encontrava na fase final do primeiro turno, pelo principal time do estado o Sport Club Paysandu. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Quando em 1993, jogando novamente pelo Taubaté, recebeu do então presidente do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo Antonio Jorge Cecílio, o Toninho, seu companheiro da época do Palmeiras, o convite para substituí-lo, o jornal Diário Popular (atual Diário de S. Paulo) noticiou a troca com a manchete: “Martorelli tem mais um abacaxi para descascar” (<u>matéria de 10/04/1993</u>).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Passou a conciliar a vida sindical à de goleiro, a segunda-feira ficou reservada para tratar de assuntos do Sindicato e para receber os conselhos de Helio Geraldo Caxambu, o primeiro presidente da entidade, que mesmo aposentado sempre demonstrou sua preocupação com a categoria e buscava, naquele momento, contribuir passando ao novo dirigente suas experiências e apontando-lhe os caminhos a serem seguidos. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Martorelli jogou ainda por mais dois anos, passou pelo EC Noroeste de Bauru (SP) e EC Esportivo de Passos (MG), sua atuação cada vez mais expressiva na luta pelos direitos dos atletas levou-o a encerrar, precocemente, sua carreira de futebolista, no ano de 1995, quando ainda não tinha completado 33 anos de idade, mas entendia perfeitamente que não poderia mais recuar, pois tinha muito a ser feito.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Certamente, foi um dos nomes mais determinantes no encaminhamento dos trabalhos que culminou com a “Lei do Passe”, atuação esta que recebeu reconhecimento público do ex-Ministro do Esporte Pelé, que ocupava a pasta quando a lei foi criada e aprovada. Foi responsável pela vinda ao Brasil para participação de um seminário que chamou a atenção dos órgãos de imprensa e do público em geral, de Jean Marc Bosman, atleta belga, cujo litígio com o clube RC Liege originou o fim do vínculo esportivo na comunidade européia. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O futebol nunca foi um impedimento incontornável para Martorelli graduar-se. Formou-se em administração de empresas e esteve próximo de concluir o curso de educação física, depois que parou de jogar, percebeu que sua intenção de fazer valer os direitos dos atletas passava pela justiça e sua melhor compreensão, e assim foi levado a se tornar advogado e especializar-se na área desportiva.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Profissional atuante no campo jurídico. É membro do Conselho Nacional de Esportes do Ministério do Esporte; da Comissão de Direito Desportivo da Ordem dos Advogados do Brasil (Seção São Paulo) e da Comissão de Direito Desportivo da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo. Palestrante requisitado nos principais cursos sobre a legislação desportiva e atual presidente do INEDD – Instituto Nacional de Estudos do Direito Desportivo.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>É um dos fundadores e, atualmente, o vice-presidente da Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol – FENAPAF, entidade que nasceu em janeiro de 2001, devido à necessidade de ampliar e facilitar a representatividade dos atletas em todo o território brasileiro. A recém criada Federação, beneficiada pelos convites de filiação que haviam sido formulados ao Sindicato de Atletas (SP), juntamente com o Sindicato do Rio de Janeiro, passou a integrar a Federação Internacional de Futebolistas Profissionais – FIFPro, entidade que congrega 44 países membros e é a única interlocutora reconhecida pela FIFA como representante dos futebolistas no contexto mundial, </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Sua atuação no ramo do direito contribuiu para ser nomeado um dos representantes das Américas pela FIFPro para fazer parte da Câmara de Resolução de Disputas da FIFA, órgão que julga litígios entre atletas e clubes de todo o mundo. Por indicação dos sindicatos americanos passou a fazer parte da diretoria da FIFPro.</font> </div>