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Sem receber, jogadores do Rio Claro ameaçam greve e W.O.

<div><font size=’2′ face=’Verdana’>Muitos times j&aacute; ensaiaram greve no futebol, mas o Rio Claro, da S&eacute;rie A2 do Campeonato Paulista, pode ser o primeiro a levar a paralisa&ccedil;&atilde;o &agrave;s &uacute;ltimas consequ&ecirc;ncias &ndash; os jogadores amea&ccedil;am n&atilde;o entrar em campo para enfrentar o Uni&atilde;o S&atilde;o Jo&atilde;o, domingo, em Rio Claro, caso n&atilde;o recebam at&eacute; esta sexta-feira ao menos uma parte dos tr&ecirc;s meses de sal&aacute;rios atrasados.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Se cumprirem o prometido, o clube pode ser punido com rebaixamento para a Quarta Divis&atilde;o &ndash; a &uacute;ltima do futebol paulista.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>- J&aacute; tivemos casos de times que pararam durante um treinamento ou dois, mas acabaram recebendo e jogaram normalmente, como o S&atilde;o Bento, este ano mesmo – diz Mauro Costa, diretor de relacionamentos do Sapesp (Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de S&atilde;o Paulo), lembrando o caso do tradicional time de Sorocaba, que tamb&eacute;m passa por dificuldades financeiras.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>A situa&ccedil;&atilde;o do Rio Claro &eacute; dram&aacute;tica. Na semana passada, o ent&atilde;o presidente, Fabio Vidal Mina J&uacute;nior, desligou-se do cargo, admitindo n&atilde;o ter receitas para gerenciar o clube. Em seu lugar, assumiu o diretor executivo de esportes, Ren&ecirc; Salve.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>- Estamos buscando um novo parceiro. A ideia &eacute; terceirizar o departamento de futebol, como era antes. Hoje, n&atilde;o temos nem patroc&iacute;nio – diz o presidente do clube.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>A derrocada do Rio Claro, que chegou a disputar a S&eacute;rie A1 do Paulist&atilde;o no ano passado, se deu ap&oacute;s a sa&iacute;da da C2B.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>- Depois que eles sa&iacute;ram, em outubro, ficamos sem nada, totalmente quebrados – lamenta Ren&ecirc; Salve.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>A empresa contesta a acusa&ccedil;&atilde;o e afirma ter saldado todas as d&iacute;vidas do clube ao fim do contrato da parceria. A C2B diz ainda que alguns de seus atletas optaram por deixar o v&iacute;nculo que tinham com a empresa justamente para permanecer no Rio Claro.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Sem o dinheiro da ex-parceira, Ren&ecirc; Salve acredita no &ldquo;bom senso&rdquo; dos jogadores para evitar o in&eacute;dito W.O., que levaria o Rio Claro a julgamento no Tribunal de Justi&ccedil;a Desportiva da Federa&ccedil;&atilde;o Paulista de Futebol, podendo ocasionar no rebaixamento do clube para a Quarta Divis&atilde;o.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&ldquo;- Os jogadores sabem que a gente est&aacute; se esfor&ccedil;ando. Eles est&atilde;o fechados com a gente.&quot; (Ren&ecirc; Salve, presidente do Rio Claro)</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Mas o representante do Sapesp n&atilde;o acredita numa reviravolta. Mauro Costa lembra que uma atitude como essa dos jogadores do Rio Claro n&atilde;o configuraria &ldquo;abandono de emprego&rdquo; porque o atraso nos pagamentos &eacute; superior a dois meses.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>- Os jogadores fizeram um abaixo-assinado, deixando claro que n&atilde;o v&atilde;o entrar em campo se n&atilde;o receberem. Essa posi&ccedil;&atilde;o deles me parece irredut&iacute;vel e n&oacute;s estamos com eles, dando todo o apoio necess&aacute;rio. Os jogadores podem ficar tranquilos, porque est&atilde;o amparados pela Lei Pel&eacute;.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Costa orientou os jogadores a n&atilde;o darem entrevistas sobre o assunto. Ele admite que partiu deles a iniciativa de buscar no Sindicato uma ajuda para o caso. Mas ningu&eacute;m pretende dar a cara a tapa na imprensa para n&atilde;o ficar marcado como &quot;grevista&quot; ou &quot;rebelde&quot;.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>- &Eacute; a&iacute; que entra o Sindicato. N&oacute;s encampamos essa luta e vamos defender os direitos dos atletas at&eacute; o fim – diz Costa.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Protestos at&eacute; de joelhos</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>O Rio Claro seria o primeiro a levar a paralisa&ccedil;&atilde;o at&eacute; o fim, mas, al&eacute;m do S&atilde;o Bento, lembrado pelo dirigente do Sindicato dos Atletas, v&aacute;rios outros clubes brasileiros j&aacute; amea&ccedil;aram entrar em greve. Dentre os mais tradicionais est&atilde;o o Paran&aacute; Clube e o Rio Branco, de Americana (SP) &ndash; jogadores cruzaram os bra&ccedil;os e ficaram sem treinar at&eacute; que recebessem parte do que lhes era devido.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Reivindica&ccedil;&otilde;es parecidas j&aacute; ocorreram at&eacute; em Copa do Mundo &ndash; em 2006, na Alemanha, jogadores da sele&ccedil;&atilde;o de Togo amea&ccedil;aram parar os treinamentos por diverg&ecirc;ncias com a federa&ccedil;&atilde;o local em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; premia&ccedil;&atilde;o por resultados. Dentre os grandes campeonatos europeus, houve uma greve no Levante, da Espanha, em 2008. Teve protesto por l&aacute; tamb&eacute;m este ano, e dos mais inusitados: jogadores do Pontevedra, clube da Terceira Divis&atilde;o espanhola, resolveram protestar contra os quatro meses de sal&aacute;rios atrasados e ficaram de joelho durante partida contra o Lugo. Os atletas entraram em campo com camisas com a frase &ldquo;Solu&ccedil;&otilde;es j&aacute;!&rdquo; e depois ficaram quase um minuto de joelhos no gramado.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>&nbsp;</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Por Juliano Costa </font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Globoesporte.com, 11/03/2011</font></div>

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