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Sindicato bloqueia cota de TV do Marília para quitar parte dos salários atrasados dos atletas

REDAÇÃO SAPESP

Após denunciar atraso de salários ao Sindicato de Atletas de São Paulo (SAPESP) durante a disputa do Campeonato Paulista, o elenco do Marília Atlético Clube entrou no final do mês de abril com uma ação coletiva de arresto e bloqueio da última das quatro parcelas da cota televisiva a qual a agremiação tinha direito por disputar a competição.

Com isso, a última parcela da cota (abril/2015) foi bloqueada. Importante deixar claro, que as outras três parcelas (janeiro, fevereiro e março) foram levantadas pela diretoria do clube, que acabou por não liquidar os salários adequadamente.

"O elenco do Marília denunciou que não estava recebendo adequadamente os salários durante o Paulistão, mesmo com o clube recebendo normalmente as cotas televisivas da Federação Paulista de Futebol. Imediatamente ingressamos com ação de arresto perante a 1º V.T. de Marília", explicou Thiago Rino, um dos advogado do SAPESP no interior de São Paulo ao lado do irmão Filipe Rino.

Com a ação, o MAC teve que apresentar ao juiz do trabalho a relação de todos atletas profissionais com contrato ativo, seus respectivos salários mensais e conta-corrente.

A relação foi apresentada no processo piloto (processo 0132700-86.2006), o mesmo que havia bloqueado 50% da cota para credores antigos e liberado os outros 50% para o MAC.

"Nessa ultima parcela da cota televisiva, metade foi destinada para pagamento de salários dos atletas ainda registrados no clube.O Marília não pôde administrar a parte da cota que lhe caberia. O pagamento foi efetivado diretamente pela Justiça do Trabalho, mediante depósito na conta-corrente de cada atleta credor", comemorou o advogado do sindicato.

Esta é a segunda vez que o Sindicato de Atletas bloqueia a cota televisiva de um clube de futebol. Em março de 2014, o Comercial Futebol Clube sofreu ação semelhante e teve suas receitas bloqueadas pelo sindicato. O presidente do SAPESP, Rinaldo Martorelli, falou na época sobre a importância da primeira ação desse tipo.

“Propusemos a ação e de maneira inédita a justiça acatou o pedido do Sindicato de Atletas e bloqueou a cota de TV do Comercial. É um divisor de águas nas relações trabalhista do futebol brasileiro. Agora, os clubes saberão que em caso de inadimplência os atletas tem como bloquear as cotas de TV através do sindicato”, declarou.

Diretor foi agredido durante a negociação
A negociação com a diretoria do Marília acabou na delegacia no dia 20 de fevereiro, quando o diretor de relacionamento do SAPESP, Mauro Costa, foi agredido pelo presidente do clube enquanto discursava para os atletas.

“É um absurdo que isso aconteça, ele entrou me mandou calar a boca e me deu um tapa no celular, que estava na minha mão, e outro no peito. Estamos lutando por um direito do atleta, que é dever do clube, não podemos ser tratados dessa forma”, falou o diretor no dia da agressão. Após o episódio, ele se dirigiu ao 5º DP de Marília, onde registrou Boletim de Ocorrência contra o agressor.

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