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SINDICATO BOM DE BOLA

Salários milionários são a realidade de menos de 15% de toda a categoria.

O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp) foi fundado em 1947, alguns anos após a profissionalização do futebol, mas apenas nos tempos recentes a entidade ganhou visibilidade e respeito dos jogadores e dos dirigentes da bola. O fim da lei do passe e a nova relação entre jogador e clube contribuíram para o aumento da força desse grupo sindical.

Outro fator que ajudou na conquista de maior espaço no campo das discussões entre empregado e empregador foi a atuação incisiva do seu atual presidente, Rinaldo José Martorelli. O goleiro, que se tornou conhecido por proteger as metas do Palmeiras nos anos 80, vestiu a camisa da entidade em 1994 e se tornou um defensor da categoria.

Para Martorelli, a jogada decisiva para os trabalhadores do futebol passa pelo entendimento de que o jogador é um profissional ‘comum’ e, por isso, deve ter direitos e benefícios assegurados, como em outras áreas. "Até no direito esportivo há a tentativa de diferenciação, mas isso, para mim, não existe; é necessário tratar o atleta com os mesmo direitos e deveres trabalhistas como qualquer outro", explica.

Ainda, segundo o presidente do Sapesp, há a necessidade de se criar um conjunto de normas definitivas para a profissão, pois certos assuntos não são abordados nos regulamentos vigentes. Bons exemplos são a questão do piso salarial, o horário ideal para as partidas, a aposentadoria por invalidez ou por tempo de serviço, que precisam ser discutidos.

A maior barreira para a classe avançar em relação às conquistas está na imagem que a sociedade, incluindo dirigentes, imprensa e os próprios órgãos governamentais, tem dos jogadores. "Eles são vistos como artistas, estrelas, que recebem salários milionários, mas a realidade do futebol brasileiro não é bem essa: dos quase 20 mil atletas profissionais, apenas 2,6 mil recebem acima de 20 salários mínimos", lembra Martorelli.

Serviços prestados

O Sapesp é como qualquer outra entidade de classe e procura dar todo suporte aos seus afiliados. Entre os serviços oferecidos estão a assessoria jurídica e a assistência médica, odontológica e financeira. Além disso, há uma preocupação em prestar serviços diferenciados, já que a categoria tem peculiaridades que exigem um tratamento singular.

O Sindicato também oferece para os jogadores serviços de gestão de carreira, em que um profissional trata dos interesses do futebolista, como discussão de contrato, negociação da imagem e investimentos financeiros.

"No caso dos jogadores que necessitam de apoio jurídico, tentamos sensibilizá-los para que se comprometam, caso ganhem a causa, a se filiar ao sindicato e pagar as taxas necessárias", diz Martorelli. Com mais adesões, o serviço pode ser estendido a outros colegas de profissão.

O atleta sindicalizado, que está sem clube, ainda pode contar com o apoio da entidade para realizar cirurgias e qualquer tipo de tratamento, já que o Sapesp mantém convênios com diversos especialistas da área médica.

Projetos para o futuro

O grande sonho de Martorelli é começar o projeto de um núcleo de treinamento para atletas inativos. De acordo com ele, o início das obras só depende da concessão do local pelo Governo do Estado e a inauguração deve acontecer em meados do próximo ano. O centro de treinamento (CT) contará com fisiologista, técnicos, preparadores físicos, além do todo acompanhamento necessário de outros profissionais envolvidos nestas áreas.

Segundo o projeto, o CT, ainda, ofereceria cursos de idiomas e de cultura geral, com a intenção de orientar e melhor preparar os atletas para trabalharem no exterior.

Ainda neste ano o Sapesp espera iniciar as obras de outro centro de treinamento e recuperação de atletas, agora em Peruíbe. Esse projeto, que está sendo negociado com entidades públicas daquela região, será construído juntamente com uma colônia de férias para jogadores e pretende oferecer assistência aos profissionais da localidade.

Vantagens para o jogador afiliado

1) Convênios:
– Odontológico
– médico, com psicólogos e fisioterapeutas.
– Lojas de material esportivo, escolas e universidades.
– Instituições da área financeira (conhecimento do mercado, investimentos e negociação de dívidas).

2) Oferecimento de locais para treinamentos (físico e técnico).

3) Recolocação no mercado de trabalho.

4) Assessoria profissional:
– Instruções sobre o procedimento no ato de assinatura de contrato e das transferências (nacionais e internacionais).

5) Assessoria jurídica (específica e geral).

6) Distribuição de cestas básicas.

7) Repatriação de jogadores para os atletas que tentam contrato fora do país e ficam desamparados.

8) Entrada franca nos jogos do Campeonato Paulista.

9) Defesa do uso indevido da imagem.

Saiba mais:

www.sapesp.com.br

Por Wendel Caballero Mello
Cidade do Futebol (15/02/2006)

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