<div><font face=’Verdana’ size=’2′>A violência segue como manchete no futebol brasileiro. A vítima da vez é o zagueiro Marquinhos, do Corinthians, que após falhar na derrota de sua equipe frente ao São Paulo por 3 a 1 recebeu telefonemas ameaçando a sua vida e de seus familiares. Por conta disso, em uma atitude impulsiva, Marquinhos anunciou que está deixando o Corinthians.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Apesar de continuar treinando no Parque São Jorge, Marquinhos não parece disposto a mudar de opinião. Com a situação, a diretoria do clube disse ser possível envolver a polícia no caso, para descobrir a origem das ligações, mas também já afirmou que só libera o zagueiro no caso de uma boa proposta.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Marquinhos conta com o apoio de alguns companheiros de equipe, como o volante Marcelo Mattos. “Ele está passando por uma situação complicada, ainda mais porque jogamos em um clube grande. As pessoas precisam pensar que temos família também. Precisamos de tranqüilidade enquanto não estamos jogando”, afirmou o camisa 5, apoiando a decisão do amigo.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em contrapartida, o presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo (Sapesp), Rinaldo Martorelli, não apóia a decisão do jogador. “O sindicato não apóia nem a decisão do Marquinhos, em abandonar o clube com um contrato em vigência, e nem a ausência dos clubes em resolver esse problema que tem uma origem muito além do caso Marquinhos”, disse Martorelli, que finalizou: “Quanto mais se acovarda, mais o bandido aparece”.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Para Martorelli, o problema é muito mais grave do que se imagina. “O esporte vem perdendo espaço. Temos que encontrar maneiras de acabar com essa paixão doentia que move alguns torcedores. E os clubes têm que se mexer também. Clubes, federações, nós e a imprensa, todos precisamos entender que estamos atrasados no combate a este tipo de crime ligado ao esporte”.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Para o presidente do sindicato, a solução nesse caso seria a permanência de Marquinhos no Corinthians, mas com amplo apoio do clube para prender os culpados: “Isso seria apenas uma solução para um caso isolado. O problema ainda é muito maior. Existe uma proposta nossa, que ainda não foi executada: um fórum permanente de discussão, que contaria com a presença de dirigentes, jogadores e ex-jogadores, treinadores, imprensa, nós do sindicato… enfim, todos os que estivessem determinados a ajudar o esporte, que considero fundamental. O que precisamos é descobrir as origens dessa violência e as melhores maneiras para combatê-la, mas sem união fica muito difícil". </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A federação espera instaurar o fórum em dois ou três meses. As reuniões aconteceriam no próprio prédio da Federação Paulista de Futebol, uma vez por mês.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Rubem Dario</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Cidade do Futebol, 25/02/2007</font></div>