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A maratona de jogos a qual o São Paulo está submetido nesta semana pode ser interrompida. O Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo e a Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) entraram com uma ação na Justiça do Trabalho para evitar que o clube jogue quatro partidas em um intervalo de oito dias.
“Aguardamos o parecer da juíza o mais rápido possível. Para o jogo do São Paulo de amanhã (terça-feira) não será possível, mas esperamos que o jogo de quinta-feira possa ser remarcado”, afirmou Rinaldo Martorelli, presidente das duas entidades, em entrevista ao Portal da Band.
O São Paulo jogou no último domingo contra o Botafogo, no Maracanã. Na terça-feira, o Tricolor enfrenta o Náutico, na Arena Pernambuco, situada em São Lourenço da Mata, na região metropolitana do Recife. Já na quinta-feira, o time recebe o Criciúma no Morumbi. A maratona termina no domingo, com o jogo contra o Coritiba, na capital do Paraná.
Segundo Martorelli, a ação tem o respaldo de um parecer do fisiologista do esporte Turíbio Leite de Barros. “Ao processo que demos entrada na Justiça do Trabalho, juntamos um laudo médico e fisiológico do doutor Turíbio. Ele atesta que a recuperação do atleta, após uma partida, se dá em 72 horas. E, caso não exista essa recuperação, pode acontecer até mesmo uma lesão séria, que seria considerada acidente de trabalho. Então não dá para se aceitar uma excepcionalidade no regulamento”, comentou o sindicalista.
O processo foi protocolado no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, e também visa proteger os atletas de Santos e Ponte Preta, que, em casos menos extremos que o do Tricolor, vão encarar partidas sem um intervalo adequado entre elas.
O Regulamento Geral das Competições da CBF indica, no Artigo 25, que “nenhum clube e nenhum atleta profissional poderá disputar partidas sem o intervalo mínimo de 66 horas”. No item, o parágrafo 2º abre uma exceção: “no caso de partidas entre clubes de uma mesma cidade ou que distem entre si menos de 150 km, o intervalo entre as partidas poderá ser de 44 horas.”
“Se existe um intervalo mínimo, presumimos que é para preservar a integridade física dos atletas, então essa regra deve ser seguida”, afirmou Martorelli, sem isentar o clube da responsabilidade por conta da maratona. “Foram os clubes que provocaram esse problema, principalmente o São Paulo, por conta da excursão.”