Atletas receberão informações sobre chip implantado sob a pele para rastreamento. O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo lançou uma ofensiva para combater a onda de seqüestros de familiares de jogadores.
Uma tendência que passou a assustar a classe após os dramas vividos por Robinho, Grafite e Luis Fabiano. Além de uma cartilha com recomendações de especialistas em segurança, que será distribuída nos clubes, o presidente da entidade, Rinaldo José Martorelli, também pretende oferecer informações sobre novidades tecnológicas nessa área.
Uma das sugestões é o implante de um Microchip sobre a pele que permite o rastreamento do seu portador. Após os seqüestros das mães de Robinho e Grafite, Martorelli manteve conversas informais com autoridades de segurança publica sobre o assunto. Mas a repetição do fato com a mãe de Luis Fabiano, Sandra Clemente, que continua desaparecida, o levou a acelerar as ações. Ontem ele enviou um oficio para a Secretaria de Estado de Segurança Publica pedindo ajuda.
"Estamos todos preocupados. O Sindicato quer colocar no papel o que deve ser feito e o que tem de ser evitado para informar os jogadores. Também vamos tentar policiais da divisão Anti-Seqüestro para uma palestra". Diz Martorelli.
O Sindicalista conhece as precauções básicas para diminuir o risco de seqüestro, mas acredita que especialistas podem acrescentar medidas menos óbvias
"Sabemos coisas elementares, como alternar caminhos do dia a dia e usar carros blindados. Os jogadores também devem evitar aparecer na mídia ostentando bens materiais, como carros e relógios importados", afirma.
A idéia do microchip sob a pele surgiu após a leitura de uma reportagem sobre empresários que aderiram à tecnologia contra o crime. Podemos trazer isso para a gente também. Para atletas que tem a imagem de ganhar muito, acho que seria um dinheiro bem gasto, analisa Martorelli. O implante do microchip custa cerca de 27 mil por pessoa. No caso, os jogadores teriam de colocá-lo nos familiares mais próximos.
Para o presidente do Sindicato, os criminosos passaram a seqüestrar jogadores depois que os empresários, se cercaram de aparatos de segurança. Por ter origem humilde, o atleta não costuma tomar precauções.
Manifestação
Matorelli planeja ainda uma manifestação pública com a presença de jogadores. A intenção é mostrar que a maioria não ganha salários milionários ¨Mesmo aqueles que não recebem há três meses o salário de R$ 1 mil estão correndo riscos¨. CHIP É PEQUENO COMO GRÃO DE ARROZ O Microchip para ser implantado sobre a pele é fabricado nos Estados Unidos e tem tamanho próximo ao de um grão de arroz.O pequeno circulo se comunica com um satélite, que da as coordenadas exatas de sua localização. A informação é transmitida a uma central, que o monitora 24 horas por dia.
Reportagem publicada pelo Diário no final de Janeiro mostrava que esse tipo de microchip já estava sob a pele de 40 empresários paulista que, que pagaram R$ 27 mil pela sua implantação.Os microchip também podem ser colocados em relógios, cintos e saltos de sapatos. Neste caso a instalação custa R$ 8 mil. Jornal Diário de S. Paulo