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SINDICATO QUESTIONA RESOLUÇAÕ DA CBF

Indignado com o anúncio de Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), de que vai impedir o êxodo de jogadores durante o Campeonato Brasileiro, Ricardo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, propõe a criação de um acordo coletivo nacional entre jogadores, sindicatos de atletas e patrões.

A idéia de Martorelli é abrir o debate entre as partes para tratar deste e de outros assuntos pendentes e problemáticos do futebol nacional, como salários atrasados e calendário definitivo de férias, entre outros. "Com uma cláusula no acordo que determine uma indenização mediante transferência no meio de uma competição, por exemplo, poderíamos inibir as saídas dos jogadores sem danos a clubes e atletas", disse Martorelli.

A principal reclamação do presidente do sindicato é de que se fala em mudança sem sequer consultar os atletas, que ele considera os maiores prejudicados com a possível criação da nova resolução.

Mesmo ciente da dificuldade e da falta de "costume" que o jogador brasileiro tem de discutir coletivamente questões como esta, Martorelli crê que a "classe" vai participar da discussão. "Eles são os maiores interessados e sabem que não poderão reclamar depois dos assuntos acertados", ressaltou.

Martorelli afirmou que o sindicato é favorável ao fortalecimento do mercado interno, mas que a "ditadura" da CBF tem de acabar. "A CBF só vê o lado dos clubes e o dela, ou ela se preocupou em saber o que o Rincon fará após ter o contrato quebrado pelo Corinthians, por exemplo", disparou.

Sobre o problema de manter os atletas durante a competição, Martorelli defende que o problema está nas causas que levam o atleta a ficar tentado com a transferência. "O maior problema dos clubes está na falta de planejamento."

"Sabemos da importância de um campeonato forte, bem como, dos prejuízos causados pela saída de um craque no decorrer da competição, mas o fundamental é debater sobre as causas que levam o jogador a sair", afirma.

Segundo Martorelli, o atleta quer ter a certeza de que vai assinar um contrato e receber pelo seu trabalho. Ele disse ainda que na Espanha, onde existe um acordo coletivo, o clube que não cumpre com o pagamento de salários corre o risco de ser rebaixado.

Para Martorelli é necessário criar um fundo de compensação para a quitação de dívidas salarias. "Os clubes querem receber uma fatia das arrecadações das loterias e argumentam com as dívidas de impostos e previdenciárias", reclamou. "Por que não usam esse dinheiro para quitar salários atrasados?"

"O que não pode mais ocorrer é a CBF inventar resoluções contra a lei para depois os clubes perderem no tribunal", afirmou. "Até quando vamos decidir tudo na justiça, e ganhar. Depois, somos os vilões da história", finalizou.

Fonte: Daniel Cristóvão – Pelé.Net

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