por Luiza Oliveira
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O Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo está preocupado com a situação envolvendo Kleber e o Palmeiras. A entidade considera que o atacante está sendo discriminado pelo clube, teme até a violência da torcida e considera que uma disputa judicial pode ser a melhor forma de resolver o caso.
O Sapesp se posicionou a favor do Gladiador após uma reunião com o jogador e seu empresário Giuseppe Dioguardi na tarde desta quinta-feira na sede da entidade. O diretor Luis Eduardo Pinella disse que não pode tomar uma atitude sem a autorização do atleta e o primeiro passo foi orientá-lo.
Ele critica a postura do Palmeiras de não tomar uma decisão efetiva e ficar ‘em cima do muro’ diante da situação. Em sua visão, os treinos em horários alternativos diferentes do restante do grupo caracterizam afastamento, apesar de a diretoria alviverde negar o fato.
“Ele quer resolver a situação. Cabem duas coisas, uma solução pacífica com uma reintegração ou a rescisão contratual. É preciso haver uma decisão para qualquer um dos lados. O discurso dos dirigentes e do Felipão de que ele ‘ele não quer jogar, nem eu quero que jogue’ é maléfico”, disse.
Para Pinella, a postura da diretoria pode até incitar a violência da torcida se os maus resultados persistirem até o fim do Campeonato Brasileiro. “A indecisão não só dificulta, como incita. Se o time começar a perder os jogos, o Kleber pode ser alvo de violência. Os torcedores podem pensar que ele está se negando a defender o clube. A gente não quer que isso aconteça”, disse.
Por tudo isso, a briga judicial passa a ser uma realidade para resolver a situação. O Sapesp até poderia acionar o clube na justiça em nome do atleta se for autorizado.
Após se desentender com o vice de futebol Roberto Frizzo e com o técnico Luis Felipe Scolari e liderar um movimento dos jogadores para não se concentrarem na véspera da partida contra o Flamengo, Kleber passou a treinar separado do grupo. A diretoria, no entanto, nega o termo 'afastamento' com medo que o Gladiador acione a Justiça do Trabalho alegando que está sendo impedido de exercer sua profissão.