Quatorze anos após disputar a final do Campeonato Brasileiro com a camisa do Corinthians, o ex-volante Vampeta, hoje presidente do Osasco Audax, compareceu ao Sindicato de Atletas de São Paulo para receber valores de Direito de Arena referentes às competições nacionais de 2002 e 2003, quando ainda atuava pelo Timão. Ele chegou acompanhado de seu inseparável amigo, o atacante Edilson, 45, que também recebeu a cota de 2005, quando disputou a Série A pelo AD São Caetano.
Descontraídos como sempre, a dupla foi recebida pelo vice-presidente, Luis Eduardo Pinella, e elogiou o trabalho realizado pelo SAPESP.
“O Sindicato de Atletas de São Paulo é um exemplo para o resto do país. Sempre atuante, sempre defendendo não somente os atletas em atividade, mas também os ex-atletas”, falou Vampeta.
Aos 45 anos e ainda em atividade (seu último clube foi o Taboão da Serra, onde disputou em 2016 a quarta divisão do futebol paulista) Edilson enalteceu o tratamento e reconhecimento do sindicato com os atletas, e aproveitou para destacar a excelência do trabalho realizado pela entidade paulista.
“Parabenizo o Sindicato de Atletas aqui de São Paulo por ter esse trabalho de excelência, de tratamento e reconhecimento diferenciado com os jogadores. Não só com os novos, mas também com os mais antigos que já pararam de jogar. É muito importante para nós jogadores saber que somos muito bem representados pelo sindicato”, elogiou o Capetinha.
Vampeta conversa com vice-presidente do SAPESP ao lado de Macedo e Edilson
VAMPETA RECEBE CERTIFICADO DE MONITOR DE FUTEBOL
Além do Direito de Arena, Vampeta também aproveitou para dar entrada em seu Certificado de Monitor de Futebol, emitido pelo Sindicato de Atletas e que garante aos ex-jogadores o direito de exercer a profissão de monitor ou treinador de futebol em todas as categorias, desde escolinhas amadoras até equipes profissionais.
“O sindicato faz um trabalho muito importante e queria agradecer por esse carinho. Sempre que venho aqui sou muito bem recebido”, agradeceu o ex-camisa 5.
Vampeta é o segundo pentacampeão do mundo a receber o certificado pelas mãos do SAPESP. Em junho deste ano, o ex-lateral Juliano Belletti, hoje comentarista do SporTV, também tirou sua licença para exercer legalmente a função.
SINDICATO GANHOU ESSE DIREITO NA JUSTIÇA
A briga impetrada pelo Sindicato de Atletas de São Paulo na justiça se estendeu por 10 anos, mas ao chegar ao Superior Tribunal Federal (STF), a causa foi vencida pela entidade dos jogadores. O CREFI (Conselho Regional de Educação Física) pleiteava juridicamente que somente os diplomados em Educação Física exercessem a profissão de monitor ou técnico de futebol. O magistrado entendeu que não existia ninguém tão capacitado para ministrar aulas de futebol do que ex-jogadores, que nas palavras do Ministro, possuem a maestria de quem já levou multidões aos estádios.
O Sindicato de Atletas de São Paulo emite o certificado a todos os ex-jogadores, desde que comprovem o exercício da profissão por três anos seguidos ou cinco alternados.