REDAÇÃO SAFERJ
Foto: Maurício Val/VIPCOMM
A direção do sindicato vem comentar o caso R10, não especificamente por sua saída do CR Flamengo e nem como ela ocorreu, mas pelas escolhas que os atletas fazem, assim como o Ronaldo fez, num momento de litígio entre eles e os clubes.
O atleta Ronaldo tem à sua disposição um sindicato idôneo e um departamento jurídico altamente capacitado, mas preferiu buscar o apoio jurídico de uma advogada particular, que ganhou fama realizando ações trabalhistas em que conseguia êxitos relativamente simples, já que a lei é clara e prevê que, em não havendo depósito do FGTS ou atraso salarial, a liberação do contrato de trabalho do atleta é imediatamente concedida, através de liminar.
Provavelmente, esse trabalho para o R10 irá custar caro e o sindicato trabalha em prol dos atletas, não buscando ganhos financeiros em cima deles. Está mais do que na hora dos atletas perceberem que os seus sindicatos são comandados por ex-atletas, que têm como uma de suas funções a defesa da categoria, da forma mais simples e objetiva possível. Não é possível que um "estranho" tenha mais credibilidade do que um ex-companheiro de profissão, que sentiu na própria pele muitas das injustiças que ocorrem no futebol.
Os sindicatos foram criados para defender, de forma literal, os seus associados, não só em ações trabalhistas, mas em toda e qualquer situação que envolva relação de trabalho entre atleta e clube. O Ronaldo vai pagar um valor alto por essa opção, o que lamentamos, pois, por mais que ele tenha conseguido acumular fortuna, ninguém precisa jogar dinheiro fora dessa maneira.
O SAFERJ, assim como os demais sindicatos de atletas do país, vê esse caso com profunda tristeza, pois, se o R10 tivesse feito essa ação através do sindicato, ele não só economizaria, mas também traria força e prestígio à entidade de classe que o representa legalmente perante a lei.
