A saída de Fumagalli abriu o índice de notícias negativas. Com uma boa proposta financeira do Santa Cruz-PA, o ídolo alviverde anunciou a saída. Na despedida, chorou e prometeu voltar para a disputa da Série C do Brasileiro, em junho.
Mas o que estava por vir era ainda pior. Depois de acompanhar Fumagalli na entrevista coletiva, o presidente Álvaro Negrão precisou explicar outras duas situações mais complicadas.
E agora, Negrão?
A primeira bomba a estourar foi em relação ao atacante Clebinho. Fora dos planos, o atacante revelou que denunciou o clube ao Sindicato dos Atletas de São Paulo por falta de pagamento de salários. Ele diz que não recebe desde outubro do ano passado e ainda criticou a atual diretoria por não lhe oferecer apoio para uma cirurgia no joelho esquerdo.
A situação colocada por Clebinho representa uma ameaça para o Bugre no Paulistão. Caso o Sindicato dos Atletas entre com uma representação na Federação Paulista de Futebol, o clube corre o risco de perder pontos. O regulamento da competição prevê tal punição.
Álvaro Negrão deu sua versão sobre o caso. Segundo o mandatário alviverde, as conversas para sanar a dívida com o atleta estão adiantadas. Apoiado em um acordo que diz ter feito com o empresário do atleta, ele não teme a perda de pontos.
Clebinho foi ao Brinco de Ouro na tarde desta quinta-feira e conversou com o gerente de futebol Isaías Tinoco. O dirigente explicou a situação ao atacante e se colocou à disposição para marcar uma cirurgia em um hospital de São Paulo. Negrão admitiu que o Guarani fará a cirurgia do atleta normalmente. O procedimento deve acontecer nas próximas semanas.
Na sequência, Álvaro Negrão falou sobre a questão do volante Eduardo. Emprestado para o São Paulo por um semestre no ano passado, o jovem atleta era esperado no Guarani no início de fevereiro, ganhou um período de descanso, mas até agora não apareceu. O sumiço causou estranheza na diretoria, que acionou o departamento jurídico.
Até mesmo o ex-presidente Marcelo Mingone entrou na história. A atual cúpula bugrina acusa Mingone de aliciamento. Segundo o advogado Filipe Souza, o ex-dirigente bugrino tentou se passar por um tio do jogador em uma ligação telefônica, pedindo que o clube não voltasse a procurar o atleta. O Guarani ainda não conseguiu um novo contato. As partes têm contrato até 8 de junho de 2014, mas a revelação já manifestou o interesse em ser negociado.
Terminou assim a quinta-feira agitada do Guarani. Um dia daqueles. Mais um dia em que os bastidores do Brinco de Ouro, que sempre reservam surpresas, ofuscaram o futebol.