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Sindicato de Atletas atua duro em caso de invasão no CT do São Paulo FC

Fabio Giannelli | Soccer Digital

Desde as primeiras horas da tarde de sábado (27 de agosto), após a invasão de torcedores no Centro de Treinamento do São Paulo FC, fato este que resultou na agressão à atletas da agremiação, o Sindicato de Atletas vem atuando de todas as formas desde o ocorrido.
 
Primeiramente, contatou os jogadores e colocou-se integralmente à disposição. Posteriormente, conversou com o diretor jurídico do clube, representado pelo nobre Dr. Roberto Armelin. Tudo para entender de que forma o SPFC procederia mediante a situação.

“A resposta foi satisfatória e vem de encontro à preocupação do Sindicato de Atletas, que é resguardar o direito à integridade física e emocional dos jogadores”,
explicou Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato de Atletas de São Paulo.

Paralelo a isso, esteve em contato constante com a Dra. Margarete Barreto – Delegada titular da 5ª Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). Há muito tempo ela vem varrendo elementos nocivos ao futebol e executando um trabalho de excelência, para requerer providências e também posicionando a categoria quanto a todo o ocorrido.
 
Também acionou de imediato do Dr. Paulo Castilho – Promotor de Justiça que cuida das torcidas – que já vem desempenhando árduo trabalho no sentido de responsabilizar os baderneiros e separar os verdadeiros torcedores dos bandidos. Foi solicitada também sua intervenção o mais pronto possível.
 
Esse fato lamentável, infelizmente, não é isolado.
 
CORINTHIANS – FEVEREIRO 2014
 
Em fevereiro de 2014, os atletas do Corinthians também foram alvos dessa estupidez. Na ocasião, o Sindicato de Atletas de São Paulo tentou em diversas ocasiões contato com o então presidente, Mario Gobbi. Não obteve o retorno.
 
“Para dar vazão ao nosso dever de função, fizemos os requerimentos como ora fazemos aqui e ajuizamos uma ação que resultou num acordo em que o clube passou a se responsabilizar pela integridade física do jogador desde o momento em que ele sai do seu lar, fica à disposição do clube e volta para sua casa. O principal nesse acordo foi que o clube também se responsabiliza pelos atos das torcidas organizadas, que foram consideradas como uma extensão do próprio clube”, esclareceu.

“Esse precedente é importante porque desmistifica aquela situação em que os clubes transferiam as responsabilidades pela integridade física dos atletas ao poder publico, e lavavam as mãos quando um fato como esse acontecia.  Tanto naquela ocasião, como agora, o trabalho é para que haja uma integração entre sindicato e clube, sendo que o foco principal da preocupação é o jogador, nosso trabalhador. Assim, não há disputas, tentativas de ganho material ou exposição indevida”, argumentou.
 
RESPONSABILIDADES E MEDIDAS
Quando o clube não assume a responsabilidade e deixa de tomar as medidas necessárias, são esclarecidas aos atletas todas as possibilidades de atuação do sindicato, que passa desde uma negociação coletiva ou individual, até a possibilidade de rescisão indireta, por nenhum empregado ser obrigado a trabalhar em condições desfavoráveis. Por isso, seja um ambiente onde o calor prejudica a saúde ou essa outra em que o clube empregador não garante a proteção a sua integridade física, fazem parte da segurança do trabalho e devem ser preservadas.
 
Dessa forma o Sindicato de Atletas espera, mais uma vez, resolver esse grave problema o mais breve possível para possibilitar aos jogadores do São Paulo FC um ambiente em que possam defender tranquilamente seu sustento familiar.
 
Estamos atentos!
 
Rinaldo José Martorelli
Presidente do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo

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