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Direito Esporte Clube debate Psicologia no Esporte

Redação Sapesp

São Paulo (SP) – A Psicologia no Esporte é o tema do programa Direito Esporte Clube desta semana, exibido neste sábado (09/07) através dos canais Net de TV a Cabo. Para o debate, comandado pelo irreverente apresentador Lívio Enescu e com os comentários de Rinaldo Martorelli e Marcelo Soares, foi convidada a psicóloga de celebridades Myla Bezerra.

Sempre atualizado com o bem estar dos atletas profissionais de todo e qualquer esporte, o programa convidou a especialista com a missão de analisar e debater a vida e carreira dos atletas, especialmente no futebol.  São em sua maioria jovens que, aos 18 ou 19 anos, alcançam status de estrela internacional, com responsabilidades que normalmente não fazem parte de suas vidas.

"Realmente isso me preocupa. Você viu que é uma avalanche de coisas para a cabeça de um menino que ainda não tem a psique formada. A grande dificuldade é que muitos vem de uma infância pobre, e não só materialmente falando, mas pobre também de educação, pobre de cultura, de uma coisa mais intelectual. Então isso pesa muito para uma criança ", defende a psicóloga, que questiona o preparo dos jovens para viver as cobranças geradas pelo esporte competitivo. "Eu vejo também uma criança roubada. E as brincadeiras? Empinar pipa", questionou Bezerra.

O encontro ainda abordou diversos temas, dentre eles a celebridade Neymar, um garoto prodígio que parece ter sido preparado para o estrelato desde os oito anos de idade.

MARTORELLI LEMBRA CASO FLUMINENSE

O crescimento da psicologia no esporte é fato consumado. Nos dias atuais, modernos e com as informações cada vez mais velozes, o trato da psique também faz parte do corpo técnico de uma equipe ou atleta competitivo.

No Brasil, no entanto, o crescimento principalmente no futebol ficou de certa forma comprometido após o caso Fluminense, lembrado por Martorelli durante o programa. O episódio aconteceu no clube carioca nos anos 80 e ficou conhecido pelo maior esquema de leva e trás que um elenco já viveu. O próprio psicólogo ouvia os atletas e passava as insatisfações ou desabafos para a diretoria do clube. "Existiu esse caso de o psicólogo a mando da diretoria. Ele ouvia as histórias dos jogadores e passava para a diretoria. Isso na época manchou muito esse negócio de psicologia nos clubes", lembrou o ex-arqueiro do Palmeiras.

TREINADORES OFENDEM CRIANÇAS

Quando o assunto voltou aos jovens, e caiu justamente sobre essa cobrança familiar pelo sucesso de um filho ou parente dentro do esporte, Rinaldo Martorelli lembrou de um caso vivido por ele em uma experiência em competições para crianças. O presidente afirmou que vivenciou situações classificadas por ele como "medonhas" .

" Infelizmente a gente se deparava com fatos assim, medonhos. De um treinador ofender uma criança de 7, 8, 10,12 anos porque ele perdeu um gol. Isso apoiado pelo pai. As vezes o pai ofendia o filho mais que o treinador. Então a gente tem essa dificuldade principalmente no futebol", lamentou Martorelli.

Veja o programa na íntegra:

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