Em virtude de informações divulgadas recentemente na imprensa esportiva, venho esclarecer e solicitar que se torne público pelo bem da verdade que não é o nosso entendimento que a Lei Pelé é a responsável pela falência de diversos clubes e muito menos que tal situação seja atribuída ao fim do passe.
Nossa posição de hoje é a mesma de seis anos atrás, quando o Sindicato de Atletas de São Paulo foi o percussor das discussões que culminaram com a aberração do vinculo do atleta sem contrato de trabalho com o clube.
Sobre às mudanças da Lei Pelé defendemos sim que elas ocorram, não por penalizar em demasia os clubes, mas porque mesmo à época éramos favoráveis a uma revisão das leis esportivas de forma ampla com a participação de todos os setores envolvidos e não fechada em gabinetes e saída da cabeça daqueles próximos dos legisladores e distantes da realidade do esporte.
Quanto à crise atual ela foi também prenunciada há muito tempo e já no passado advertíamos que as administrações nos clubes necessitavam reciclar-se, a profissionalização era imprescindível antes quanto mais agora.
Traçando um paralelo é como soubéssemos o dia do fim das reservas de petróleo e ficássemos esperando este dia chegar sem termos desenvolvido uma fonte de energia para lhe substituir, no futebol a dependência dos ganhos com a transferência dos atletas distanciou os clubes da sua missão principal que é a de proporcionar a satisfação de seus torcedores e desta relação criar as suas receitas.
Rinaldo Martorelli
Presidente
Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo