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Com aval da Interpol, Sindicato de Atletas é pioneiro na luta contra manipulação de resultados no Brasil

REDAÇÃO SAPESP

As prisões realizadas na manhã desta quarta-feira (6 de julho) pela Polícia Civil de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará na operação “Game Over”, que investiga a atuação de máfias asiáticas de manipulação de resultados no futebol, não pegaram de surpresa a cúpula do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (SAPESP).
 
A entidade paulista dirigida pelo ex-goleiro Rinaldo Martorelli é pioneira no Brasil na prevenção e combate a esse tipo de atuação, e vem desde junho de 2015 palestrando e alertando os elencos em todas as divisões do futebol paulista sobre os perigos que esse tipo de empreitada podem acarretar à carreira e vida pessoal dos jogadores. 
 
SINDICATO DE ATLETAS E INTERPOL
Mauro Costa, diretor de relacionamento do SAPESP e Guilherme Tavares, um dos advogados do departamento jurídico da entidade, participaram em Junho do ano passado de um curso promovido pela Interpol, FIFA e FIFPro em San Jose, na Costa Rica, intitulado "Train the Trainer" (treinar o treinador, em Português).
 
Nele, representantes de sindicatos de quinze países estiveram presentes, entre eles Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Na ocasião, o Sindicato de Atletas de São Paulo representou a Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol (FENAPAF).
 
Assim que desembarcou em São Paulo em 21 de junho de 2015, Mauro Costa trouxe na bagagem o certificado de representante legal da Interpol no Brasil no combate à manipulação de resultados. O diploma fixado em sua sala na sede do SAPESP, com assinatura do secretário Geral da INTERPOL, Jurgen Stock, deu à Costa o direito de peregrinar pelos últimos 13 meses por todo o estado alertando os jogadores sobre os perigos que passaram a correr com a chegada das máfias asiáticas de apostas no Brasil.
 
"Os atletas devem passar longe desse tipo de situação. São verdadeiras máfias, que envolvem os jogadores no esquema e depois não os deixam sair. Ameaçam filhos, esposa e família. Eles estão de olho em todos os nossos campeonatos, inclusive de base", alertou.
 
Nesta quarta-feira, após saber das primeiras prisões da operação “Game Over”, Costa comemorou e elogiou a atuação da Polícia Civil dos três estados. Convidado no mês passado para ser um dos palestrantes em evento organizado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), no Rio de Janeiro, o diretor do SAPESP recebeu elogios de diversos delegados federais de todo o país e se destacou como o primeiro sindicalista a levantar a bandeira contra a manipulação de resultados no Brasil.
 
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