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Entrevista Especial: Michael Jackson, coordenadora do Futebol Feminino

ENTREVISTA ESPECIAL

Ela já disputou duas Copas do Mundo e uma Olimpíada vestindo a camisa da Seleção Brasileira e conseguiu a façanha de marcar mais gols que Pelé e Romário ( 1.567 no total). Pudera. Oriunda de uma família de onze irmãos (seis mulheres e cinco homens) na qual todos jogaram futebol, a ex-jogadora Michael Jackson, como gosta de ser chamada, atua desde dezembro de 2011 como Coordenadora Geral do Futebol Feminino no Ministério do Esporte. Ela conversou com a Revista do Atleta e falou sobre a vitoriosa carreira e o desafio à frente da modalidade que a consagrou para o mundo.

Natural de Valença (Rio de Janeiro), Michael Jackson fez questão de elogiar o trabalho realizado pelo Sindicato de Atletas de São Paulo e sugeriu um trabalho conjunto ao lado da entidade comandada por Rinaldo Martorelli.

Michael Jackson, primeiramente agradecemos por receber a Revista do Atleta. Fale um pouco sobre a história do futebol em sua vida.

Sou de uma família de onze irmãos (seis mulheres e cinco homens) em que todos jogavam futebol, inclusive meu pai. Minha família era um time completo. Desde pequena, já me identificava com o futebol e sabia que era isso que queria fazer da vida.

Quando o sonho se tornou realidade, atuei por 12 anos na Seleção Brasileira, disputei duas Copas do Mundo e uma Olimpíada. Participei do primeiro mundial experimental na China, em 1988, quando o Brasil ficou em terceiro lugar. Depois vieram os mundiais e a Olimpíada de Atlanta, em 1996,  quando ficamos em quarto lugar.

Agora sua luta é fora das quatro linhas. Como é trabalhar nos bastidores e qual a estratégia montada por sua equipe para alavancar a modalidade no Brasil?

Duas coisas são fundamentais para o desenvolvimento do futebol feminino; calendário e trabalho de base. Sem calendário, não existe patrocinador, muito menos televisão. Sem base, não existe evolução técnica e humana. Precisamos de investimentos pesados na base, e este trabalho passa diretamente pelas secretarias municipais. Há diversas leis de incentivo nesta área, e estamos abertos a receber projetos de todo o Brasil. 

Vocês estão seguindo modelos de outros países?

Vimos grandes trabalhos realizados por Estados Unidos, Canadá, Alemanha e China. Esse modelo da China já tem 10 anos e vem dando resultados impressionantes. O futebol feminino, no Brasil, precisa ser desenvolvido, fundamentalmente, na base, em escolas, universidades e projetos sociais das prefeituras. A mídia também precisa fazer a parte dela, divulgando com maior frequência, dando mais espaço.


E o Sindicato de Atletas de São Paulo. Tem colaborado com o futebol feminino?

Sem dúvida. Aliás, falei para o Martorelli (Rinaldo Martorelli, presidente do SAPESP) que o Sindicato de Atletas e a Coordenadoria do Futebol Feminino têm que andar juntos. Podemos desenvolver parcerias e ajudar um ao outro. É papel do sindicato colaborar com as melhorias do futebol feminino, e agradecemos o apoio que vem sendo dado pela entidade. Estamos com as portas abertas para o SAPESP.

E o que pode falar sobre essa nova geração que está sendo formada, com trabalhos diferenciados em São Paulo?

O São José e a Ferroviária são dois exemplos de trabalho com lei de incentivo e participação da prefeitura. Quando se estrutura a base, você forma atletas, consegue investimentos para pagar salários em dia e manter uma estrutura digna para as atletas. Como disse, as leis de incentivo estão disponíveis para o desenvolvimento de mais projetos como estes. 

Seleção Brasileira terá equipe permanente até as Olimpíadas

O Brasil passou a ter uma seleção permanente de futebol feminino visando às disputas da Copa do Mundo de 2015 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Desde o final de janeiro, as jogadoras convocadas pelo técnico Vadão iniciam a preparação para as competições na Granja Comary, Centro de Treinamento da CBF. As atletas serão contratadas pela entidade para poderem se dedicar, exclusivamente, à equipe nacional.
 
“A Seleção permanente é um grande passo, no momento, para termos uma equipe mais competitiva. A curto prazo é a solução mais interessante. A CBF assume o compromisso com as atletas que deixarão seus clubes para se filiarem à Seleção. Daremos toda a estrutura disponível na Granja Comary”, explicou o treinador.

 

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