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A paciência dos jogadores da Francana chegou ao fim. Cansados de esperar por uma solução da diretoria, os atletas da Veterana entraram em contato com o Sindicato dos Atletas de São Paulo para denunciar o próprio clube. As principais reclamações entregues ao diretor do Sapesp, Mauro Costa, e encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho, estavam ligadas à moradia à e alimentação.
A casa que serve como alojamento do clube, que está na Série A3 paulista, tem capacidade para receber 15 pessoas. Porém, 35 ocupam todos os cômodos da casa, dormindo nos quartos, na sala e até na cozinha. No último domingo, segundo Mauro Costa, alguns atletas teriam almoçado apenas um prato de arroz antes de entrar em campo para enfrentar o Noroeste, às 16h, no estádio Lancha Filho, em Franca. A partida, válida pela 4ª rodada da Copa Paulista, terminou empatada em 1 a 1.
– Um atleta não pode viver assim. Ele tem que ter o mínimo de condição. A torcida não entende isso. A torcida vai ver que o atleta não está rendendo, e vai falar, "ele está fazendo corpo mole". E não é isso. Ele está sem condição de exercer a função dele – comentou Mauro Costa.
– Essa situação já tinha sido definida na semana passada com os atletas, só que infelizmente eles ficaram fazendo teatro aqui. Isso é fruto de uma parceria mal feita que fizemos. Não disputaríamos a Copa Paulista. Nós estamos acertando com todo mundo. Vamos ratificar a dispensa com todos eles. De uma forma ou de outra, eles vão ter de sair do alojamento porque ele não comporta – comentou Fahim Youssef.
O lateral-direito Pacheco, que tem passagens por União São João, São José e Caxias-RS, antecipou-se à decisão e pediu para sair antes de ir a campo contra o Noroeste.
– Não temos um suporte suficiente para entrar em campo e fazer o que a gente sabe. Falta muita coisa. Se a culpa é do presidente ou não, não cabe a mim dizer. Pode ser que melhore? Tomara Deus que sim, mas está complicado. Não conseguimos render por não ter um bom suporte de alimentação, academia, aquilo que ajuda o jogador dentro de campo – comentou Pacheco, que atuou como titular nas três primeiras partidas da
Francana nesta Copa Paulista.A culpa é de quem? Além de reduzir o número de jogadores a fim de oferecer uma melhor estrutura aos atletas, o presidente da Francana explicou que o problema foi ocasionado por uma parceira mal conduzida.
– A posição da Francana é pura e simples. Fomos enganados, ingenuamente. Foi uma falha nossa. Mas o fato está aí, nas nossas costas, e nós, da melhor forma possível, vamos resolver para o clube e para os atletas – comentou Fahim Youssef, sem convencer o diretor do Sindicato dos Atletas de São Paulo.
– Não importa para Federação, Ministério Público ou Sindicato se é uma parceria ou um empresário. É a Francana. Ela quem contratou os serviços, e ela é que deve oferecer o mínimo de condição. Não temos que ficar paparicando isso. Se o cara te deixou na mão, você fez o contrato errado – comentou.
Mauro Costa fala sobre o caso da Francana. Veja o vídeo: