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Pesquisa constata risco de hipertermia nos atletas durante Mundial/2014

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O Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo encaminhará à Fifa, o relatório final da pesquisa realizada pela equipe do fisiologista Turíbio Leite de Barros, mostrando que jogar às 13h00 em cidades como Manaus e Fortaleza ou mesmo às 15h00, em Brasília, pode provocar danos sérios à saúde dos jogadores. "É muito perigoso. Há risco real de hipertermia", disse o Dr. Turíbio.  


Vinte e quatro partidas previstas na tabela da Copa do Mundo de 2014, vão começar nestes horários. O Sapesp já tinha enviado um documento solicitando à Fifa que mude os horários destes confrontos. Há a possibilidade de, em caso de recusa da Fifa, o sindicato entre na Justiça do Trabalho para impedir a realização dos jogos.
 
O presidente do sindicato, o ex-goleiro Rinaldo Martorelli, decidiu então reforçar a reivindicação pedindo o estudo para o Dr. Turíbio. "Assim ele pode comprovar cientificamente que organizar jogos a esta hora, com calor entre 30 e 35 graus é uma temeridade", disse o fisiologista.  

Disputar uma partida de 90 minutos entre 13h00 e 15h00, em Manaus e Fortaleza provou ser uma atividade arriscada. Os atletas testados nestas condições apresentaram temperaturas do corpo de 40º. O normal é próximo dos 36,5 °C. Casos onde se chega a mais de 40 °C, podem ocorrer convulsões. Se passar dos  43 °C, o quadro leva o indivíduo ao hospital, e, em casos extremos, à morte.  


Para medir o que acontece com o organismo dos atletas jogando neste horário, em julho (como prevê a tabela da Copa do Mundo), um grupo de quatro fisiologistas foi a quatro cidades diferentes. Brasília e São Paulo entraram no roteiro. O Sapesp ajudou a organizar jogos amistosos entre um clube local e uma seleção do Sindicato, formada por atletas que estão disponíveis no mercado da bola.
 
Em Manaus, o time escolhido foi o Nacional que está na disputa da Copa do Brasil e vai enfrentar o Vasco da Gama nas oitavas de final. Para o teste em Fortaleza, o Ceará aceitou participar do levantamento. O Botafogo do Distrito Federal e o Nacional, de São Paulo, também participaram da pesquisa.  

Alguns atletas, acostumados com o clima local, foram escolhidos como "cobaias". Cada um ingeriu uma pílula com um termômetro que trabalha por rádio-frequência. Um outro aparelho ficava com os fisiologistas que iam registrando as mudanças de temperatura. Turíbio fez o relatório final. E concluiu: "É uma insanidade marcar jogos às 13h00. Não é possível que a Fifa tenha definido esta tabela sem consultar o pessoal do Brasil".

 
No entanto, há uma saída alternativa, levantada pelo próprio fisiologista. A Fifa poderia instituir nesta Copa do Mundo a pausa obrigatória no meio de cada tempo de jogo. Esta medida já é adotada no verão brasileiro. "A pausa permite a hidratação e a queda da temperatura do jogador. Já ajuda", afirmou.

* O Sindicato de Atletas comunica que os estudos sobre o impacto da sobrecarga térmica em atletas ainda estão sendo contabilizados e que ainda não houve qualquer envio de documentação à FIFA.

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