REDAÇÃO SAPESP
Um protocolo com um pedido de alteração na MP do Profut para barrar as mudanças previstas no artigo 38, que altera o percentual a ser recebido pelos atletas em caso de rescisão contratual de 100% para 50% dos salários até o fim do contrato, comprovou a falta de preparo e de conhecimento do "Falta de Bom Senso FC", que mentirosamente afirma defender atletas de baixa renda do futebol. Quem alerta é o presidente do Sindicato de Atletas de São Paulo, Rinaldo Martorelli.
"É de uma falta de conhecimento e despreparo medonhos. Por meses, esse grupo pediu apoio dos atletas para a aprovação de uma Medida Provisória sem sequer saber que estavam indo contra as conquistas da categoria. Muitas delas conquistadas com muito suor e luta dos sindicatos, e que foram ceifadas pelo governo na MP. Somente após a aprovação e nossas críticas eles caíram na real e resolveram protocolar um pedido de revisão, como se fossem representantes da categoria. É a maior cara de pau que já vi na minha vida como sindicalista", atacou Martorelli.
ATO TRABALHLISTA – OS EQUÍVOCOS NÃO PARAM POR AI
Ainda segundo Martorelli, após descobrirem a falha de interpretação das novas regras, tardiamente, eles levantaram a bandeira em defesa do tema. "Não tiveram sequer humildade de reconhecer o erro e saíram divulgando que defendem esse veto. É um grupo despreparado, covarde e mentiroso ao mesmo tempo", esbravejou.
Mesmo tentando corrigir o erro antes que a lei entre em vigor, o "Falta de Bom Senso FC" segue cometendo equívocos em relação a outras medidas que prejudicarão os atletas, como a regulamentação do ATO TRABALHISTA, onde os clubes poderão limitar a 20% as receitas destinadas à quitação de dívidas trabalhistas.
"Eles ainda não sabem o que é o ATO TRABALHISTA pois não têm o menor conhecimento jurídico para avaliar o tema. Com ele, os clubes poderão ficar “regulares” mesmo sem pagar salários, além de limitar a 20% os valores da receita que serão destinados à justiça trabalhista, e isso fará com que os atletas levem no mínimo o dobro de tempo para receber suas dívidas. Acreditar nesse grupo é o mesmo que acreditar que uma criança pode pilotar um avião, só porque ela brinca disso em casa. Eles não tem a menor ideia do que isso pode prejudicar os jogadores, jogam a favor dos clubes. Nossa preocupação e trabalho se prende aos atletas, daqueles que ganham até 10 salários mínimos, a maioria da categoria, principalmente. Por isso, ouvimos todos os dias de jogadores de diversos clubes que eles odeiam o Bom Senso FC. Aliás, o "Falta de Bom Senso FC", finaliza o sindicalista.