FIFPRO
A União de Profissionais Futebolistas Portugueses (SJPF) e a Liga de Futebol Portuguesa estão no processo de modificação do acordo coletivo de trabalho (CCT). Recentemente, eles concordaram em uma série de medidas especiais destinadas a proteger a integridade das competições de futebol e seus principais participantes, os jogadores de futebol e os clubes. Em outras palavras, proteger a profissão do futebol.
– Nós sabemos que o futebol não pode ser isolado da realidade social envolvente. Dada a situação que está sendo vivida hoje pelo país, estamos cientes das dificuldades enfrentadas por todos os componentes do futebol e, especialmente, os jogadores, que chegaram a um acordo que assume um maior esforço da nossa parte e que também exige que sejam tomadas medidas para proteger os empregos, condições de trabalho e o cumprimento dos clubes com as regras. – disse o presidente do SJPF, Joaquim Evangelista (foto), durante uma conferência de imprensa realizada na sede da Liga, no Porto.
A modificação da CCT estabelece que por um período de dois anos, e apenas para os contratos feitos nesta temporada, o salário mínimo da Liga Segunda (Segunda Divisão) diminua o equivalente a duas vezes o salário mínimo, até o equivalente a 1,75 % do salário mínimo. As negociações entre a Liga e o SJPF também levou à criação de um fundo de garantia salarial de € 500 mil e o estabelecimento de sanções para os clubes que não cumprirem as medidas tomadas.
Quanto ao salário, Evangelista explicou que é de natureza excepcional e para a proteção do emprego.
– Durante um período de apenas dois anos aceitaremos esta medida para proteger os empregos, promover as condições para assinatura e respeito à maioria dos contratos. É uma medida que protege tanto os jogadores portugueses e aqueles que desenvolveram suas carreiras no país. Nós preferimos que os jovens jogadores consigam um contrato antes que eles permanecem desempregados – disse Evangelista.
Além disso, os jogadores afetados por esta redução de salários estão sujeitos a transferência, e terão direito a 12% do valor monetário do mesmo. Os clubes que fazem lucros no final do ano vão ser obrigados a dar um bônus para os jogadores que sofreram cortes salariais.