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Sindicato paulista viaja 3.870 km para defender atletas de jogos às 11h na Amazônia

No dia 06 de outubro, o departamento jurídico do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo viajou até Manaus (3.870km de SP) para representar um jogador paulista que atua no estado do Amazonas, em audiência cercada de autoridades públicas. O motivo. Os jogos realizados às 11 horas, que vem cada vez mais castigando os jogadores que atuam no futebol amazonense.  
 
“Foi realizada audiência com fulcro em tentar tomar medidas para que os atletas estivessem amparados, especialmente em relação à saúde. Eles estavam correndo sérios riscos por conta das altas temperaturas em que as partidas vinham sendo realizadas”, explicou Guilherme Martorelli, responsável pelo departamento jurídico do sindicato paulista.
 
Estiveram presentes o Procurador do Ministério Público do Trabalho da 11ª Região – Manaus – Dr. Marcius Cruz da Ponte Souza, os representantes da Federação Amazonense de Futebol (“FAF”), Sr. Ivan da Silva Guimarães – Diretor de Competições e o Sr. Antonio Policarpo Rios Roberto – responsável pela Ouvidoria da FAF, representando a Rede Calderaro de Comunicações (TV Á Crítica – filial da Rede Record), Dr. Jorge Lopes (Diretor Jurídico) e Guilherme Martorelli representando os atletas ao lado do lateral-direito Marcelo Lanza, hoje atuando pelo São Raimundo.
 
A audiência tinha o intuito de tratar a cerca de uma proposta de Termo de Ajuste de Conduta (“TAC”) para resguardar a saúde dos atletas profissionais.

“Foi firmado um TAC, nesta mesma data, que será responsabilidade da Federação Amazonense. Realizar a medição em todas as partidas, com base no IBUTG/WBGT (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – que equivale ao Wet Bulb Globe Temperature), da temperatura ambiente. E quando esta estiver superior a 30 graus, deverão ocorrer as pausas técnicas adicionais para reidratação dos atletas, além de ter que manter nos locais de realização das partidas toda a infraestrutura necessária para a realização de procedimentos de urgência e emergência, também específicos relacionadas com o calor”, detalhou.

AUDIÊNCIA EM 2017

Por fim, o advogado revelou que a Federação Amazonense de Futebol se posicionou à favor da retirada dos jogos às 11 horas a partir do estadual de 2017, mas que não teria tempo hábil para alterar as próximas duas partidas que estavam marcadas para 08 e 15 de outubro, as últimas agendadas para o horário em 2016.
 
“Já ficou previamente agendada uma nova audiência, antes de se iniciar a competição estadual do ano que vem, com o intuito de firmar um novo TAC sobre essa decisão de não realizar mais partidas nesse horário a partir de 2017 em diante”, concluiu. 
 
Selva transforma calor em umidade

O clima da região de Manaus é considerado tropical úmido de monções, com temperatura média anual de 26,7 graus. A umidade relativa do ar é extremamente elevada, com médias mensais entre 79% e 88%. Sua proximidade com a Linha do Equador faz com que o calor seja constante no local, com todos os meses do ano registrando marcas acima dos 30 graus. Devido à proximidade da Selva amazônica, parte do forte calor é transformado em umidade, fator que potencializa a desidratação dos atletas durante as partidas. 

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