Por Fábio Giannelli
A ingerência de torcedores em clubes de futebol, em especial na Sociedade Esportiva Palmeiras, toma conta dos noticiários esportivos a cada ano. Já debatemos aqui na semana passada o caso de Fabinho Capixaba e lembramos também os inúmeros casos de violência de "torcedores-RH" contra atletas do clube.
O carnaval de São Paulo, no entanto, trouxe uma pitadinha de sal nessa relação de amor e ódio entre torcedores e jogadores. A maior torcida organizada do clube agora vê sua escola de samba ser rebaixada para o bloco especial do carnaval paulistano.
Será que os atletas estariam agora planejando uma maquiavélica emboscada para agredir os membros da torcida rebaixada?
A resposta é óbvia. Não.
Esse será apenas um duro golpe para os brigões de plantão. Afinal, toda competição é passível de efeitos externos e internos que podem resultar no sucesso ou no fracasso. Essa é a essência e a grande motivação do esporte.
O que a torcida palmeirense pode apostar é que o clube, ao menos, está se preparando para um novo horizonte. A chegada de Brunoro pode não ser a salvação da equipe, mas já leva o Palmeiras para uma visão mais profissional e planejada. A saída do atacante Barcos é prova concreta disso. É melhor ter um time do que uma solução solitária.
Por isso, acredito que seja hora de ver os palmeirenses de mãos dadas. Repetir aquela força que trouxe a equipe de volta em 2003, com o Palestra Itália lotado em todos os jogos. Que volte a ser a torcida que "canta e vibra", e não a torcida "espanta e briga".