O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp) recebeu uma denuncia dos atletas do Marília Atlético Clube, de que estão com seus salários atrasados desde o mês de novembro de 2014. O clube, que disputa a Séria A1 do Campeonato Paulista, contratou 28 atletas para essa temporada.
Para uma negociação com a diretoria do clube e uma conversa com os atletas para expor a situação, o diretor de relacionamentos do Sapesp, Mauro da Costa visitou o estádio do Marília no dia 20 de fevereiro. Dentro do vestiário, o vice-presidente do MAC entrou e após gritar com Mauro, lhe deu um tapa no peito.
“É um absurdo que isso aconteça, ele entrou me mandou calar a boca e me deu um tapa no celular, que estava na minha mão, e outro no peito. Estamos lutando por um direito do atleta, que é dever do clube, não podemos ser tratados dessa forma”, falou Mauro, que após a discussão se dirigiu ao 5º DP de Marília, onde realizou um Boletim de Ocorrência.
A entidade iniciou uma conversa com a diretoria do MAC, para saber quem tem o poder e controle das finanças do clube. No ano passado, o sindicato, através de seus advogados, Thiago e Filipe Rino, moveu uma ação contra o Marília e uma contra seu Gestor. Na ocasião, após algumas sentenças judiciais favoráveis, foi pedido penhora e bloqueio integral da Cota Televisiva, fato que foi cumprido pelo juízo.
Diante desse quadro, com as ações, algumas sentenciadas, e outras ainda para ocorrer a primeira audiência, realizou-se os acordos com o Clube, homologados pelo juízo. Nesses acordos, colocamos a integralidade do pedido (salários, férias, 13º, indenização, multas dos artigos 467 e 477, cláusula compensatória) enfim, tudo que havia por direito. É como se a sentença fosse julgada integralmente, condenando o Clube em tudo. Não foi fácil obter este acordo sem ceder um centavo, mas conseguimos em favor dos atletas. Por fim, habilitamos todos atletas que representamos no processo piloto, para começarem a receberem seus direitos, cujos pagamentos iniciarão em maio/2015 e serão por proporção de créditos”, conta o advogado da entidade, Thiago Rino.
Durante o decorrer do campeonato, o MAC não pagou os salários do elenco atual, o que motivou a visita do Sindicato ao Clube, nos dias 19 e 20 de fevereiro, que foi requerida pela integralidade dos atletas.
No dia 20 de fevereiro foi protocolado na Justiça do Trabalho de Marília a petição onde os 50% da cota que seria do MAC, será exclusiva para o apagamento individual de cada atleta.
A folha de salários do Clube gira em torno de R$ 350.000,00 e cada umas das 03 parcelas da cota televisiva que ainda falta ser depositada são nesse valor aproximado. Assim, o Sapesp uma vez mais cumpre com o seu papel na defesa dos atletas profissionais e impõe a um clube que cumpra com seus deveres.
