O Sindicato de Jogadores Profissionais de Portugal (SJPF) apresentou nesta semana um estudo sobre a utilização de jogadores estrangeiros na temporada.
A apresentação aconteceu na sede do SJPF, em Lisboa e contou com a presença de Joaquim Evangelista (presidente do SJPF), Coelho Humberto (vice-presidente da FPF), Pedro Henriques (ex-jogador) e João Querido Manha (jornalista). O debate foi moderado por António Magalhães ( Registro revista) e José Manuel Delgado ( A Bola revista).
A principal conclusão foi de que os clubes da Primeira Liga usam mais jogadores estrangeiros do que jogadores portugueses: 130 versus 93 jogadores (ou 58 versus 42 por cento). Já na segunda divisão, o quadro se inverteu com uma predominância de jogadores portugueses (213 contra 91, 70 versus 30 por cento).
Note-se que Benfica, FC Porto e Sporting são as equipes da primeira liga que possuem menos jogadores portugueses (2, 3 e 3, respectivamente) utilizados durante a primeira metade do campeonato. Vitória de Setúbal e Olhanense são os clubes com o maior número de jogadores portugueses (9 e 8, respectivamente).
"O problema não é que os jogadores estrangeiros não sejam bem-vindos. Mas é o excesso que é o problema ", emendou.
"Atualmente há um enorme desequilíbrio. Isto tem consequências negativas para o futuro do futebol Português. É necessário que todos os agentes desportivos se unam para proteger os jovens jogadores portugueses e das seleções nacionais, porque eles são o futuro. Este estudo é uma contribuição para a reflexão séria sobre o futuro. É importante fazer um esforço para reverter a situação e FPF, Governo e clubes têm de assumir as suas responsabilidades nesta matéria", concluiu o sindicalista português.