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Sindicato de Atletas de São Paulo comemora 69 anos neste sábado (23)

O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo comemora neste sábado (23 de Julho) 69 anos de existência. A entidade foi fundada em 23 de Julho de 1947 por Hélio Geraldo Caxambu (1918-1997), ex-goleiro de São Paulo Futebol Clube e Portuguesa de Desportos.

A História do SAPESP começou um ano antes de sua fundação com o cronista Aurélio Campos no auditório da Rádio Difusora Tupi, que orientou um grupo de 15 atletas para idealizarem a criação de uma entidade que representasse e defendesse os jogadores.

A ideia foi concretizada no dia 23 de julho de 1947, em reunião realizada na sede da Associação Comercial, na Rua Libero Badaró, em São Paulo (SP). Caxambu (foto), um dos maiores goleiros dos anos 40, esteve entre os fundadores e foi escolhido para ser o primeiro presidente da recém-criada Associação dos Jogadores de Futebol. Dois anos depois, datada de 11 de outubro de 1949, saiu a carta sindical que elevou a Associação à categoria de Sindicato e Caxambu seguiu como presidente por mais três anos, contribuindo significativamente para várias conquistas dos jogadores.

DIFICULDADES NO INÍCIO
As dificuldades para manter a entidade jamais foram motivos para que o ideal fosse abandonado. Certos de que seriam vitoriosos, não foram poucas as vezes que Caxambu e José Procópio colocaram dinheiro do próprio bolso para pagar os alugueres da sede.

Para poder receber as mensalidades dos filiados, nomeou-se um representante em cada clube, ainda assim continuava difícil o recebimento das contribuições. Cansados de cobrar e não receber, Caxambu conseguiu que os clubes descontassem tal contribuição em carteira.

PALMEIRAS FOI O PRIMEIRO CLUBE A RECONHECER
O Palmeiras foi o primeiro clube a aceitar e apoiar o acordo e foi dele também que o Sindicato recebeu sua primeira homenagem. No dia da entrega da carta sindical, o Palmeiras ofertou uma flâmula como sinal de apreço ao Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, que então surgia no auditório da rádio Panamericana, na Rua São Bento, na capital paulista.

Uma das principais motivações dos que lutavam pela sobrevivência do sindicato era a constatação de que, com o surgimento do SAPESP, os jogadores passaram a se respeitar mutuamente, em virtude da oportunidade de se aproximarem longe das duras disputas no campo de jogo, e se conhecerem melhor nas reuniões que aconteciam todas as segundas-feiras. Naqueles tempos, os jogadores de times adversários eram proibidos de baterem papo, porque os torcedores poderiam pensar que estavam combinando jogos.

CRIATIVIDADE E DIREITO DE IMAGEM
Os problemas para manter o Sindicato de Atletas atuante sempre foram solucionados com determinação e criatividade. Prova disso, foi acordo inédito e avançado para a época, firmado em dezembro de 1949 com a empresa Balas Futebol, presidida então por Jordão Bruno Sacomani, que mais tarde viria a ser presidente do Palmeiras. O empresário pretendia promover seus confeitos associando-os a uma coleção de figurinhas de jogadores de futebol a serem expostos em álbum próprio. Com a negociação, a empresa passou a conceder aos jogadores uma quantia por ano, pela utilização do uso de suas imagens.

GREVE NO JABAQUARA
Já nos primeiros anos de vida, o SAPESP mostrou a sua força e sua ideologia de conciliação. Foi quando o então presidente da Federação Paulista de Futebol, Roberto Gomes Pedrosa, que com a intenção de medir o poder e a representatividade do Sindicato, testou-o da seguinte maneira: telefonou para Caxambu falando que os jogadores do Jabaquara estavam em greve e que não jogariam na rodada do domingo, caso não recebessem seus devidos salários. Pediu para que ele fosse a Santos resolver o impasse. Caxambu, José Procópio e Hélio Augusto Silveira se reuniram com os jogadores e com a diretoria e estabeleceram um acordo. Além dos jogadores terem recebido os salários antes do jogo, conseguiram vencer o Atlético Ipiranga.
A partir deste acontecimento Roberto Pedrosa percebeu que o trabalho do Sindicato de Atletas era de cooperação e colaboração, e não de uma entidade para organizar greves e brigar com os clubes.

DIAS ATUAIS: PRESIDENTE REVOLUCIONÁRIO

Diversos presidentes passaram pela entidade desde então, mas foi Rinaldo Martorelli, ex-goleiro que atuou no Palmeiras nos anos de 1980, que revolucionou o sindicato paulista após ser convidado por Toninho Cecílio para substituí-lo como presidente.

Oscar, ex-zagueiro e antecessor de Cecílio na presidência, havia deixado o SAPESP para atuar no Japão. Toninho, então zagueiro em atividade, precisou deixar o comando da entidade por sofrer retaliações de clubes devido ao histórico de lutas pela classe.

Foi então que convidou Martorelli para assumir o cargo. “Quando cheguei, a entidade estava com o aluguel atrasado e as maquinas de escrever também eram todas alugadas. Não tínhamos recurso para absolutamente nada. Passei treze anos bancando o sindicato do meu bolso, com alugueres, estrutura de trabalho e viagens para lutas políticas em Brasília. Foi quando conquistados o Direito de Arena em 2001 que as coisas começaram a mudar. Por mais de uma década investi sem poder porque acreditava na causa, já que havia ficado 16 meses sem atuar devido a lei do Passe”, relembra Martorelli, que teve Raí e Veloso como vice-presidentes no início de sua gestão.

CLIQUE E OUÇA O ÁUDIO DO ATUAL PRESIDENTE


CONQUISTAS
Lei Pelé, fim da Lei do Passe, garantia ao Direito de Arena, criação da Federação Nacional de Atletas, garantia às férias de 30 dias para os atletas, viabilização da sede própria, fim do afastamento de trabalho, perde de pontos para clubes devedores, parada para hidratação, mudança no início dos jogos em horário de verão, projeto para atletas sem clube, operação de atletas lesionados entre outras dezenas de conquistas credenciaram a atual gestão como revolucionária na luta pela categoria.

CENTRO DE TREINAMENTO
Para comemorar mais um ano de vida, o SAPESP prepara mais um projeto ousado e que promete ajudar centenas de atletas de todo o estado. A entidade iniciará no máximo até o início de 2017 a construção de seu Centro de Treinamento próprio, que deve ter seu projeto apresentado em breve em coletiva de imprensa. 

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